Sempre que emitimos nossa opinião (vejam bem, a nossa opinião) sobre acontecimentos da política barreirense, surgem opiniões divergentes. Isto é mais do que normal. A pluralidade de ideias e opiniões é a razão de ser de um regime dito democrático.
Mas é exatamente por isso que exaltamos o regime político em que vivemos, mesmo que haja políticos que o enaltecem, mas que, na prática, agem de uma maneira totalmente adversa. Assim agindo, iludem muitos dos seus seguidores, pois no Brasil os políticos se consideram donos dos seus mandatos e os que os elegeram, são meros instrumentos de suas eleições.
Se os eleitores fossem ouvidos pelos políticos, não teria acontecido a barbárie que nossos vereadores praticaram, ao aprovar um projeto que castrou os direitos de boa parte dos nossos barnabés, que perderam direitos adquiridos ao longo de suas carreiras.
Lembro-me que na sessão em que a monstruosidade dos projetos 10 e 11 foram aceitos por nossos vereadores de então, até gás de pimenta foi utilizado para conter a livre manifestação dos prejudicados, principalmente os professores. Além da força e da covardia empregados naquela ocasião, a Câmara de Vereadores de Barreiras cometeu um ato de insanidade e, por isso mesmo, traiu de maneira cruel boa parte da nossa população.
Porém, como a memória do povo é muito curta, quase todos que traíram os nossos barnabés se reelegeram e, pior ainda, continuam na mesma batida de antes, ou seja, um legislativo sempre disponível para o amém.
Ocorrem que muitos dos prejudicados também traíram seus colegas, alguns até participando da administração que tolheu boa parte dos seus direitos. Outros tantos foram candidatos na eleição após a injustiça aos funcionários públicos. Coisas inexplicáveis. Coisas da própria política.
Tudo que aconteceu, hoje, para muitos, é uma página virada, esquecida pelo tempo e pelo asfalto.
Tivéssemos melhores salários dos servidores municipais, haveria maior circulação de dinheiro no nosso comércio, indústria e serviços. Ganharia a cidade, pois até a prefeitura, em consequência, aumentaria sua receita. Ou seja, como se diz na prática, uma mão lava a outra. As duas lavam o resto.
Itapuan Cunha
Editor
PS – A repetição de atos contrários ao povo, revive momentos de tristeza e decepção de muitos. Portanto, é bom que lembremos sempre de atos que nossa história não pode esquecer. A desvalorização de servidores que tiveram seus ganhos injustamente rebaixados.
