Desconheço o autor, porém nesse impasse polarizado da campanha política em seu derradeiro turno, sugiro uma profunda reflexão sobre essa pequenina estória.
Ela relata uma situação em que parte de uma floresta estava sendo consumida pelo fogo e à margem do rio o escorpião gritava por socorro. O sapo que nadava tentando atravessar o rio, pelo mesmo motivo, condoeu-se na situação desesperadora do escorpião e resolveu salvá-lo.
Mesmo temeroso com a letalidade da calda peçonhenta do inseto, o sapo criou coragem e resolveu cometer um ato de altruísmo. Tudo ia muito bem, porém a poucos centímetros da margem o escorpião picou o infeliz sapo. O mesmo sentindo o imediato efeito do veneno teve ainda tempo de perguntar:
– Escorpião eu te salvei, porque resolveu me matar?
O escorpião deu de ombros e disse:
– É da minha natureza eu sou um escorpião!
Reflita que as pessoas cruéis não conseguem fugir de sua natureza. O ladrão rouba o assassino mata e o estuprador ataca. Na sua psicopatia natural, não conseguem fugir de sua natureza.
Não seja o sapo que vai tentar salvar o escorpião. Ele sempre fará o que sempre fez, é intrínseco à sua natureza.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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