A NOVA LÓGICA DOS PROTOCOLOS

Destaque

a invenção da roda selvagem – Carlos Eduardo

Dizem que a primeira roda inventada no mundo era quadrada e de tanto rodar acabou redonda. Isso facilitou os meios de transporte de forma surpreendente. Embora seja uma anedota improvável, mostra o sentido pratico do uso da lógica.

Atualmente o desprezo pela lógica é cada dia mais surpreendente. Observem a determinação protocolar do que se diz governador na Bahia, quando estabelece que aglomerar três mil pessoas não é uma medida sanitária satisfatória. E então limita essa aglomeração para mil e quinhentas pessoas em festividades públicas. Onde está a logica dessa determinação? É conveniência politica ou ausência completa de lógica?

No meu parco conhecimento de lógica, dez, cem, mil pessoas juntas é estabelecimento claro e evidente de uma aglomeração. De pequeno, médio ou grande proporção, mas é aglomeração. Sujeita então a mesma contaminação proporcional.

Se aglomerações causam contágio, que lógica está sendo considerada por esse governador? De pequeno, médio ou grande risco de contaminação?

De fato não se pode esperar muita coisa positiva de um déspota que estabelece obrigatoriedade de vacina para matricular alunos na rede estadual de ensino. Mesmo sendo um ato inconstitucional é também um acinte criminoso e abusivo ao vacinar crianças com produtos experimentais que nem o fabricante garante segurança. A lógica manda ler a bula.

Também não existe lógica no atual desrespeito a nossa Constituição. Que não é praticada por pessoas comuns, mas sim pelos seus próprios guardiões. E se estabelecemos inadvertidamente poderes absolutos a esses togados, acredito seguramente que eles não só inventaram a roda, mas estabeleceram a lógica que lhes convém.

Uma lógica sem compromisso com a ética, moral ou bom senso, apenas uma lógica particular, própria ou similar, aos deuses do Olimpo.

E sendo assim seus asseclas, comparsas e seguidores, disseminam esse novo comportamento e estabelecem protocolos sem qualquer compromisso com a antiga lógica. De Gaulle estava certo: “O Brasil não é um país sério!”

Guto de Paula

Comentarista da Política e afins       

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