Em sábia reflexão, certo mestre, do qual não recordo o nome, relatou com propriedade o quanto a luz de uma vela pode ser vista de muito longe. Isso deve ter inspirado aos humanos o quanto é importante a luz de um farol, para alertar navegantes em mares estranhos.
Embora a luz de uma vela pode ser percebida de longas distâncias, basta um leve sopro para que se apague. Assim é a vida. Quanto menos esperamos, aqueles que conhecemos, amamos e respeitamos, termina ficando fora do caminho.
E para que fiquemos muitas vezes confusos e contrariados, resta continuar a missão. Possivelmente seja a cruz que temos que carregar, quando tudo que sentimos, de repente se tornou apenas uma saudade.
O difícil recomeço só é amenizaddos quando conseguimos a certeza de ter feito tudo que era possível por quem nos deixou. Todavia, sempre fica aquilo que queríamos dizer e não dissemos e o que gostaríamos de fazer e por alguma razão adversa, protelamos.
Para os que os que não têm dúvidas sobre a Vida Eterna o próprio tempo se encarregará de aceitação e da resiliência, permitindo que a compreensão e aceitação dos Desígnos Divinos se estabeleçam. Enfim, a vida tem que continuar e precisamos completar nossa missão nesse mundo.
No fazer jornalístic, pnde os posicionamos como críticos, analistas ou mesmo meros relatores de fatos, esse apagar de velas nos acompanha. Ao relatar ou comentara estória de outros, precisamos pensar em nós mesmos, o quanto somos falíveis, vulneráveis e passíveis de muitos erros.
Porém, não podemos fugir do nosso compromisso sagrado com a busca da verdade e com a tenacidade com que devemos combater os que pretendem suprimir nossa paz e nossa liberdade.
Apesar das perdas e dos pesares, a luta precisa continuar. Nunca nos esquecermos que os sinos que batem hoje por alguém, podem amanhã mesmo baterem por nós. Não podemos nos permitir deixar para amanhã o que precisamos fazer hoje. Precisamos produzir luz, mesmo que uma simples brisa possa apagar nossa frágil vela.
