Se considerarmos a hipótese de que proporcionalmente é mais fácil se eleger prefeito do que vereador, levando-se em conta que para o candidato à prefeito basta estar nos primeiros lugares da preferência popular.
Estar inserido em uma coligação forte, ter respaldo político e ter cacife para se destacar entre seus poucos adversários concorrentes, a pretensão de conseguir sair-se vitorioso é muito mais provável se comparada a imensa luta que um vereador tem que enfrentar, disputando essa vaga com mais de trezentos adversários.
Essa luta pelo legislativo começa entre seus próprios colegas de partido e se estende até a gama enorme de outros tantos que pretendem o mesmo cargo. Isso cabe tanto para os que pretendem a reeleição, quanto os que almejam chegar pela primeira vez para ocupar tão almejado cargo.
A escolha do partido é sempre fundamental. Mesmo forte, dificilmente um partido consegue eleger mais de três candidatos. Fazendo com que os restantes não passem de meros coadjuvantes desse processo.
Na concepção corriqueira, mas detendo uma realidade incontestável, se o candidato não for um dos ponteiros do processo, todo o resto fará o papel desimples“laranjas”.
Mesmo assim, centenas de candidatos se lançam nessa luta insana, onde a derrota é muito mais provável que a difícil vitória.
Por essa ou por qualquer outra razão, muitos candidatos acreditam na possiblidade de sucesso, supondo que seus correligionários, apoiadores e eleitores se manterão firmes e fiéis ao seu discurso. A esperança, como dizem, é sempre a última que morre.
Em contra partida os candidatos à prefeito são por excelência ponteiros naturais, disputam com número resumidíssimo de adversários e, mesmo que sejam derrotados, estarão aptos para disputar a próxima eleição.
Esse quadro se repete a cada novo pleito. Pois os votos conseguidos por um candidato a prefeito, mesmo que ele seja fraco será sempre superior aos votos que teria para vereador.
Os que almejam a reeleição sofrem as mesmas influências, mas com a vantagem de que durante seu mandato terem conseguido realizar seu trabalho com a dignidade que o eleitor espera deles. Caso contrário, vão entrar naturalmente “na dança das cadeiras”.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação, divulgado pelo Blog do Itapuan, Facebook, Youtube, Zap e por todos os que amam o Brasil.
