‘Se alimentar’, ‘não aloprar’ e ‘sem cagoete’ eram parte das instruções
Depois da vitória do presidente Lula, Lawand tentou convencer Cid a levar o plano de uma intervenção militar adiante | Foto: Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Durante seu depoimento na CPMI do 8 de Janeiro, o coronel Jean Lawand Junior usou uma lista de instruções para ajudar a si próprio a responder às perguntas dos parlamentares. A fotojornalista Gabriela Biló capturou o momento para o jornal Folha de S.Paulo.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), denunciou a prática para a mesa da CPMI, alegando que o termo “cagoete” se referia à prática de evitar delatar possíveis aliados. A palavra correta, porém seria “caguete”.
O coronel Lawand, contudo, respondeu que a palavra fazia referência a gestos corporais com repetição involuntária, mais conhecidos como “tique nervoso”. Entretanto, o termo que se refere ao tique é “cacoete” e, não “cagoete”.
Na CPMI, o coronel negou ter pedido ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, para que o então chefe do Executivo decretasse uma intervenção militar ou Estado de sítio.
Conforme noticiou Oeste, depois da vitória do presidente Lula, Lawand tentou convencer Cid a levar o plano de uma intervenção militar adiante. “O presidente não pode dar a ordem”, disse Cid, ao afirmar que Bolsonaro não daria ordem ao Exército e nem sequer assinaria alguma intervenção militar, pois, segundo Cid, não tinha o apoio do Alto-Comando do Exército.
REVISTA OESTE