Quando muito novos, pretendemos apressar o tempo e tentar adquirir os direitos e os privilégios dos que atingiram a maioridade. Depois de estarmos nessa condição, por muitas vezes desejamos voltar a sermos crianças. Não termos que pagar impostos, responsabilidades com as contas, com dívidas e tudo que o turbilhão da vida adulta nos sobrecarrega.
Ao atingirmos a meia idade, começamos a sentir um pouco de inveja dos mais jovens e das oportunidades que nem todos tivemos. A velocidade com que as coisas acontecem nos dias de hoje, nos fazem sentir que quando éramos mais jovens essa pressa não existia, nem era tão intensa e determinante.
Muitos de nós éramos felizes, mas não nos dávamos conta disso. O turbilhão de acontecimentos, de informações e as consequências da tecnologia que muda conceitos em frações de segundo, tende a nos confundir. O tempo parece adquirir mais velocidade e de repente, estamos velhos.
Dormimos pouco, acordamos cedo e nos cansamos muito rápido. Nossas manias aumentam e nossa paciência se torna cada dia menos resiliente. As dores são novas e surgem de formas diferentes, todas as manhãs.
Dizem no senso comum, que compensar, muitos de nós tornam-se mais sábios e outros tantos, cada vez mais idiotas. Porém, essas duas situações, sempre aconteceram em nossas vidas de forma alternada. Nem todos aceitam, mas todos percebem.
Esse ano repleto de muitas idiotices e raríssimos momentos inteligentes, está chegando ao fim. Nem todos os idiotas aceitam, mas todos os inteligentes percebem. Na velocidade com que a carruagem roda, o próximo ano pode ser bem pior.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação, divulgado pelo Blog do Itapuan, Facebook, Youtube, Zap e por todos que amam esse Brasil.