A ideia original é que de fato fosse uma entrevista, onde jornalistas consagrados buscariam do candidato suas propostas de governo, suas intervenções e tudo aquilo que o povo almeja ouvir do candidato. Todavia, foi uma inquisição onde as perguntas eram geradas de narrativas e falácias que já não se sustentam.
Mesmo porque foram difundidas e repassadas no passado pouco distante, ao público pela própria emissora. Produções jornalísticas que se arvoraram ao pleno conhecimento da Ciência, da Economia, dos conceitos médicos e de tudo aquilo que produzisse medo, receio e pavor à comunidade.
A audiência caiu estupidamente e dezenas de funcionários foram dispensados. A emissora, que detinha um poder invejável, caiu paulatinamente no descrédito popular. Os milhões destinados a ela por governos anteriores, hoje fazem falta imensa. E seus recursos cada dia mais escassos justificam o desespero cada dia mais evidente.
A arapuca preparada para o candidato não surtiu o efeito desejado. O casal sentiu que cada nova pergunta tinha resposta imediata e a estratégia foi de interromper, intervir e mudar o tema a todo instante. Adotou-se então a estratégia que também não deu certo de perguntas longas e desnecessariamente contextualizadas, quase respondidas pelo próprio entrevistador, no desespero óbvio de ocupar o tempo que ainda restava.
O tiro de misericórdia aconteceu quando o candidato perguntou ao Bonner: “Você está me estimulando a ser ditador”? Nesse momento a casa caiu de vez. As intenções ficaram tão claras que o melhor seria mudar de assunto.
Resta saber como será recebido o candidato “descondenado”. Será colocado na parede? Duvido muito. Pois para ele tudo será diferente. Embora até os contras saibam de seu passado, como fazer para dourar essa pílula amarga? Tarefa que só a Globo sabe fazer.
“Em um ditado popular costuma se falar, que em uma carroça carregada de açúcar até o chicote é doce”.
Guto de Paula
Redator da Central São Francisco de Comunicação
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