Hoje, 28 de fevereiro de 2022 completa-se 30 anos que a população de Barreiras trocou a folia do Carnaval por luto.
Um acidente aéreo matou o Deputado Federal Sebastião Ferreira, seus três filhos e mais cinco pessoas.
O avião, de propriedade do então deputado federal Sebastião Ferreiras, caiu no estado de Goiás, matando todos que estavam a bordo.
A tragédia aconteceu no dia 28 de fevereiro de 1992, uma sexta-feira, por voltas das 16 horas, dia da abertura oficial do Carnaval de Barreiras. No total foram nove mortos. O deputado federal Sebastião Ferreira da Silva, seus três filhos, Heráclito Sávio Castro Silva, Silvana Castro Silva e Luciana Castro Silva, além do piloto Nêga, o co-piloto Márcio e mais três convidados.
O então prefeito de Barreiras, Paulo Braga, tão logo foi informado do acidente, num gesto de sensibilidade, cancelou o Carnaval e decretou luto oficial.
A morte do deputado Sebastião Ferreira e seus três filhos, comoveu a cidade. Foi um Carnaval de tristeza, muitas lágrimas e a dor de parentes e amigos.
Sebastião Ferreira, nascido em Riachão das Neves, era diretor-presidente da VEBAL, concessionária GM e agricultor. Foi eleito deputado estadual em 1982, e não conseguiu a reeleição em 1986. Em 1990 foi eleito deputado federal, assumindo o mandato que durante treze meses. Deixou viúva Marina Castro, que foi vice-prefeita e vereadora em Barreiras. Em 1988 ela candidatou-se a prefeita e não conseguiu se eleger.
Durante esses 30 anos, Marina demonstrou o poder de superação. Uma mulher forte, de fibra e resignação. Continua lamentando as perdas, agora evangélica e sobrevive através de muitas orações e fé em Deus.
Por ironia do destino, doze dias antes da fatalidade, o mesmo avião sofreu uma pane por alguns segundo, no trajeto Barreiras/ Serra do Ramalho/Bom Jesus da Lapa/Santa Maria da Vitória/Barreiras. No primeiro trecho da viagem aconteceu uma pane de segundos, logo sendo debelada. Estavam a bordo: Sebastião Ferreira, o ex-deputado de Pernambuco, Gonzaga Patriota, o jornalista Ginaldo Nascimento, assessor de Sebastião Ferreira, o fotógrafo Hugo Assis, o piloto Nêga e co-piloto Márcio. A viagem foi a pedido da então equipe econômica do presidente Collor, com a missão de observar os estragos das chuvas na região para tomadas de decisões.
A pane assustou a todos, mas logo após a providência que deveria ser tomada, ou seja, uma revisão no avião, não foi providenciada, o que, talvez, tenha refletido no acidente trágico que ocorreu exatos doze dias após.
Ginaldo Nascimento “Gil” – Ex-assessor do Deputado