Quem é Volodymyr Zelensky, atual presidente da Ucrânia

Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky Foto: EFE/EPA/Sergey Dolzhenko

Nome até então desconhecido em boa parte do mundo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ganhou os noticiários internacionais nos últimos dias por estar no meio de um embate com a Rússia, que invadiu o país governado por ele e iniciou ataques por via aérea, terrestre e marítima.

Longe de ser uma figura puramente política, Zelensky foi, antes de assumir a função de chefe de Estado ucraniano, um ator e comediante que ficou famoso no país por participar de uma série de TV chamada Servo do Povo; série na qual, ironicamente, interpretou um professor de história que chegou ao posto de presidente de forma inesperada.

Foi assim, repetindo o velho clichê de que “a vida imita a arte”, que Zelensky foi eleito, em 2019, com 73% dos votos no segundo turno. Nascido na cidade de Kryvy Rig, no centro da Ucrânia, e filho de pais judeus, ele se formou em Direito pela Universidade Nacional Econômica de Kiev, mas nunca seguiu carreira jurídica.

O fato de não ser tradicionalmente chamado “político de carreira” foi destacado quando o então comediante lançou sua candidatura a presidente da nação. Sem ser levado a sério no início, Zelensky passou então a focar sua campanha nas redes sociais e deixou de lado comícios públicos.

Como estratégia de campanha, o atual presidente buscava angariar capital político com a desilusão dos eleitores diante da elite política, considerada corrupta e ineficaz, e apresentava-se com um representante que prometia combater a corrupção, aproximar a Ucrânia do Ocidente e pressionar a Rússia a deixar áreas ocupadas no país.

Vencedor do pleito em 2019, Zelensky tomou posse em maio de 2020, mas já em meio a uma medida controversa: o anúncio de dissolução do Parlamento em seu discurso inaugural. Na época, a justificativa utilizada foi a de que o novo presidente pretendia convocar eleições legislativas antecipadas com a finalidade de obter maioria parlamentar.

Também durante sua posse, o atual presidente afirmou que a primeira tarefa dele seria acabar com o conflito no leste do país, área que abriga as regiões separatistas reconhecidas nesta semana pela Rússia como independentes. Desde 2014, separatistas da região de Donbass tentavam proclamar independência, com apoio dos russos.