O atentado com bomba caseira ao ônibus do Bahia foi relatado pelo técnico Guto Ferreira após a vitória por 2 a 0 sobre o Sampaio Corrêa na noite desta quinta (24), na Arena Fonte Nova.
O treinador tricolor contou os momentos tensos no veículo, principalmente quando o goleiro Danilo Fernandes se feriu com os estilhaços da explosão. De acordo com Guto, se mais bombas entrassem no buraco causado pela primeira explosão, casos mais graves poderiam ter ocorrido.
“A gente se imaginou na Europa. Foi um clarão violento, três estouros que iam para dentro do ônibus. O primeiro estourou no carro ao lado do ônibus, de uma terceira pessoa prejudicada. A gente nem sabe como ela está. Foi um verdadeiro terrorismo. Se a segunda ou a terceira cai dentro do ônibus, teria sido uma verdadeira tragédia. Talvez isso tivesse encerrado a carreira do Danilo”, disse.
Guto Ferreira reiterou o respeito que os jogadores têm pelo clube e fez cobranças sobre o ocorrido para “os organizadores do espetáculo”.
“A gente sai de casa para exercer o trabalho, com respeito ao clube. O que os jogadores fizeram foi justamente isso: ser profissional e mostrar pro torcedor o quanto eles respeitam. Se as coisas não estão acontecendo, é porque demanda tempo para conseguir. As coisas não acontecem da noite para o dia. Essa não foi a primeira, não foi no Brasil a primeira, mas foi uma coisa que poderia ter terminado em uma tragédia. Vamos esperar virar tragédia? Será que a responsabilidade é só do clube? E os organizadores do espetáculo? Onde fica a responsabilidade deles? Será que o contrato assinado é mais importante que uma vida?”, questionou.
O Bahia volta a jogar no próximo domingo (27) contra a Juazeirense, no Adauto Moraes, em Juazeiro, pelo Campeonato Baiano.