Pressão de ala do DEM ‘deve segurar’ chegada de Moro ao União Brasil; PSL resiste

Política e Políticos

                   por Mauricio Leiro

Pressão de ala do DEM 'deve segurar' chegada de Moro ao União Brasil; PSL resiste

                   Foto: Reprodução / DEM

Os bastidores do União Brasil seguem aquecidos. Movimentações internas de lideranças do partido devem conseguir “segurar” a chegada do ex-juiz e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. ACM Neto e Luciano Bivar participaram de uma reunião na última semana sobre o cenário da legenda, que teve um final “tranquilo”, segundo apuração do Bahia Notícias. 

Interlocutores do partido apontaram que as possibilidades do desembarque de Sérgio Moro (Podemos) são quase nulas. As investidas para aproximar Moro da sigla estão sendo atrasadas por setores ligados ao DEM, da Bahia e de Goiás, estados considerados chave para a sucesso eleitoral do novo partido em 2022. A candidatura de ACM Neto ao governo baiano é prioritária para a legenda, enquanto que a reeleição de Ronaldo Caiado como governador goiano remarca um território já “dominado” pelo partido.

Até mesmo um dos maiores líderes do Podemos, o senador Álvaro Dias (PR), já revelou não acreditar na saída do ex-juiz do Podemos e que a ação de forma tão prematura “seria um desgaste irreparável” à Rádio Jovem Pan. Dias é um dos entusiastas da filiação de Moro ao Podemos e, desde as eleições de 2018, incensa a figura pública do ex-magistrado, mesmo antes do abandono da toga.

A chegada do ex-ministro impactaria de forma direta a candidatura de ACM Neto na Bahia, que tenta dissociar o cenário nacional das questões locais. Com o “bloqueio” da chegada de Moro ao União Brasil, Neto teria a possibilidade de não ajustar uma candidatura à presidência à sua campanha. Ainda assim, existem movimentos com origem no PSL que tentam “forçar” a aproximação da fusão das legendas com o ex-ministro.

Uma das alas já sinalizou que prefere que cada diretório estadual tenha liberdade para decidir quem vai apoiar, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL) ou até Lula (PT). A avaliação é de que será impossível o União Brasil encontrar um nome de consenso para atender as necessidades regionais do partido.

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