Campanha de vacinação já superou 90% do público-alvo. Foto: Breno Esaki/Agência Saúde
Cláudio Humberto
Bolsonaro continua errando muito, desnecessariamente, no debate sobre vacinação. Ele mesmo se encarrega de oferecer pretextos aos opositores para não admitirem o sucesso da campanha de imunização do Brasil. O Ministério da Saúde já comprou e recebeu, até agora, quase 380 milhões de doses de vacina, das quais 325 milhões já estão nos braços dos brasileiros, derrubando infecções e óbitos por covid-19. Críticos não desejam destacar esses números. Tampouco o governo.
Lição ao mundo
O Brasil vem dando lições em países metidos a besta e hoje está entre os três países que mais imunizaram seus nacionais.
O atraso está lá
Brasileiros não fazem protestos nas ruas contra vacina, como setores atrasados de países como Estados Unidos, França, Áustria e Holanda.
Brasil ama vacina
O presidente ignora que o País ama vacina, desde os anos militares 1970, com a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
História de êxitos
Ao longo dos anos, o PNI vem imunizando a população e extinguindo inúmeras doenças. Vacina, para o Brasil, simboliza vida, sobrevivência.
Jair Messias Bolsonaro, presidente da República – Foto: Alan Santos.
Presidente foi só ao dentista, mas fez mistério
O presidente Jair Bolsonaro sempre proíbe a assessoria de informar fatos envolvendo sua saúde, como a visita banal ao posto de saúde do Palácio do Planalto para dar sequência a tratamento dentário. Ele permaneceu por uma hora no consultório, na manhã desta sexta (17), gerando apreensão e especulações, mas proibiu até ministros de falar sobe isso, alegando não gostar de tornar sua saúde assunto público.
Interesse nacional
A saúde do presidente é assunto de interesse nacional e qualquer ocorrência deve ser imediatamente comunicada à população.
Ele não está nem aí
“Ele parece não perceber a necessidade de prestar esclarecimentos sobre sua saúde”, observou um dos seus ministros mais leais.
Assim é que se faz
Dilma Rousseff (PT) foi uma desvairada que quase arruinou o Brasil, mas agiu corretamente ao tornar público o diagnóstico de câncer.
Eu odeio, tu odeias…
O tipo de comedimento que falta a Bolsonaro esteve também ausente na fala do ministro Luis Roberto Barroso, ontem. Usando adjetivos e frases agressivas, o ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou que raiva não se vê apenas no famoso gabinete do Planalto.
Milhares de ‘poucos’
O deputado Marco Feliciano precisa se informar sobre jogos, que, para ele apenas “enriquece uns, às custas de poucos empregos”. Las Vegas tem 650 mil moradores vivendo direta ou indiretamente dos cassinos.
Sem dívidas a reclamar
Alckmin saiu do PSDB magoado com a escolha do governador João Doria pelo nome de Rodrigo Garcia como seu candidato à sucessão. Logo ele, que representou o mais vexatório desempenho do partido em disputa presidencial, em 2018, quando obteve apenas 4,7% dos votos.
Márcia em Seul
Escolhida pelo presidente e aprovada no Senado por 41×4 votos, Márcia Donner Abreu irá chefiar a embaixada do Brasil em Seul, Coréia do Sul. É um dos mais admirados valores da diplomacia brasileira.
Havia favores antes
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) elogiou a tunga indecente de R$5,7 bilhões dos impostos para bancar campanha de gente da sua laia. Teve a cara-de-pau de dizer que isso é “conquista da democracia”.
Ranking-político-covid
O governo Joe Biden passou a marca de 400 mil mortes por covid; média diária de 1.207. No governo Trump, foram 424.791 mortes, ainda sem vacina, e média de 1.303. O governo Bolsonaro tem média de 962.
Perspectiva da tunga
A grande notícia do fim de ano é a previsão de alta de 16% nas vendas em shoppings. Segundo a Abrasce, a expectativa é de movimentação de R$5,6 bilhões no setor. Ainda assim, é menos que o fundão eleitoral.
Voo capixaba
Nem só de São Paulo vive o empreendedorismo brasileiro. É o que revelam dados do Espírito Santo, onde foram abertas mais de três mil empresas durante a pandemia contra 782 negócios encerrados.
Pensando bem…
…havia 5,7 bilhões de motivos para manter o veto ao fundão eleitoral e R$5,7 bilhões para derrubá-lo.