Congresso pede ao STF revogação da medida que suspendeu orçamento secreto

Orçamento Secreto

CONGRESSO QUER ANULAÇÃO SOBRE ORÇAMENTO SECRETO

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

 

Por Luana Patriolino 

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pediram à ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber a revogação da decisão que suspendeu a execução das emendas de relator, o chamado “orçamento secreto”. O documento foi endereçado à magistrada nesta quinta-feira (25/11). 

No pedido, Lira e Pacheco defendem o restabelecimento da execução orçamentária das emendas de relator-geral, por decisão monocrática de Weber ou por determinação conjunta dos ministros do STF, sob justificativa de ajudar a nação. “Evitando-se [com isso] prejuízos irreparáveis à execução de políticas públicas importantes para a sociedade brasileira”, diz trecho do documento. 
 
Segundo os presidentes da Câmara e do Senado, a revogação da medida evitará “a judicialização em massa de relações jurídicas já constituídas e elevada probabilidade de responsabilidade civil da União” em razão do não cumprimento de contratos. 
 
Rodrigo Pacheco se reuniu com Rosa Weber no gabinete da ministra em Brasília, ontem. O parlamentar informou que será publicado ontem um ato conjunto da Câmara e do Senado com a implementação de mecanismos para ”ampliar a publicidade e a transparência” das emendas de relator, que ficaram conhecidas como “orçamento secreto”. 

No início do mês, o Supremo manteve a suspensão do orçamento secreto por meio das emendas de relator. Com o placar final foi de 8 votos a 2, os ministros seguiram o parecer da ministra Rosa Weber que suspende as emendas de relator. 

Pelo entendimento da Corte, o Congresso Nacional e o governo federal devem adotar medidas de transparência para realizar a distribuição dos recursos. A ação nasceu de três manifestações apresentadas ao STF, em maio deste ano, que questionam a validade das emendas de relator, uma das ferramentas usadas por deputados e senadores para reverter parte do orçamento a suas bases políticas.  

Fonte: Correio Braziliense 

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