PEC DOS PRECATÓRIOS

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OPOSIÇÃO TRABALHA EM SINTONIA COM O STF

Jornal Ação Popular | Portal de notícias do Vale do São Francisco

 

Na votação – com resultado apertado – da PEC 23/2021, semana passada, na Câmara dos Deputados, cujo desfecho foi de 312 a 144 votos a favor da mesma, isto provocou a ira desenfreada dos partidos esquerdistas, pois se o governo Bolsonaro estipular a Bolsa Família em R$ 400,00, abalará a já combalida coligação antigovernista. Estão, por isso mesmo, entre a cruz e a espada.

O benefício foi criado no início do governo petista e sempre foi uma das suas bandeiras, se bem que o valor irrisório não mais satisfaz aos beneficiários, que lutam por um reajuste que minimamente cubra suas necessidades mais prementes.

Os petistas, principalmente, foram os que mais lutaram pela desaprovação da PEC, sempre argumentando que a medida causaria danos severos ao país. Os pobres, então, outrora uma sólida e confiante base do partido, segundo os petistas, não podem prejudicar a política econômica que, se eleitos terão que implantar.

A velada desobediência de políticos, principalmente do PDT e afins, causou a inesperada derrota dos contrários, que será agora votada em segundo turno e, depois ainda terá de passar pelo Senado, onde reside a maior dúvida, a grande incógnita.

Pelo sim, pelo não, o governo já sinalizou que a Bolsa Família terá o reajuste planejado, já pensando noutra fonte de receita para que os mais pobres sofram menos.

Como se diz na gíria, muita água ainda correrá por debaixo da ponte. Os contrários, então, terão a difícil tarefa de justificar seus posicionamentos em face do aumento, uma tarefa de difícil convencimento. Afinal, quem poderá ser contra melhoras financeiras que hipoteticamente poderão receber?

Sob a perspectiva política, será uma contradição histórica a luta a ser ensejada em desfavor dos favorecidos pela Bolsa Família, uma dor de cabeça que poderá deixar centenas de políticos por muitas noites sem dormir.

Os caprichos partidários são, queiram ou não, sinalizadores das opções dos cidadãos na hora do voto. No caso, vejam bem, são 5,4 milhões de favorecidos, num universo de 14,7 milhões de  familiares no desenrolar dos acontecimentos futuros. Uma dor de cabeça com que muitos parlamentares terão, na hora da definição pelo voto. E como terão!

Itapuan Cunha

Editor

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