Nosso amigo e jornalista Carlos Modesto, no seu conceituado Blog, dissertou sobre a necessidade de uma UPA no populoso bairro de Barreirinhas, pois lá moram nove dos nossos dezenove vereadores. Veladamente, com seu estilo crítico, Modesto deu a entender que tais vereadores dão mais importância às metas que vêm de cima e que, por isso mesmo, ao invés de tomarem iniciativas pela cidade, ficam aguardando projetos oriundos do nosso gestor, para aprová-los, preferencialmente na já costumeira “urgência urgentíssima”.
Diz que é inadmissível, pois, que tenhamos somente uma UPA para atender toda a nossa população, quando deveríamos ter pelo menos três, tal a quantidade de pessoas que necessitam de atendimento médico de urgência, uma mácula no nosso sistema de saúde.
Barreiras é uma cidade com mais de 150 mil pessoas e, por isso mesmo, está carente quando o assunto é a assistência médica do seu povo, precário e extremamente demorado.
Já Barreirinhas, com pelo menos um terço da nossa população, deixou de contar com o atendimento de urgência e ambulatorial que era prestado pelo Eurico Dutra, dificultando ainda mais o precário serviço antes prestado por aquele tradicional hospital.
Não só Barreirinhas, mas os bairros de sua abrangência sofrem com o descaso do poder público, no que concerne à saúde pública.
Não se entende, ainda, que num universo de dezenove vereadores, nove deles residem naquele populoso bairro e jamais vimos atitudes desses políticos em favor do seu bairro, a não ser pedidos de asfaltamento de ruas e, na maioria das vezes, a preocupação é a célere aprovação dos projetos do Poder Executivo.
Conclui-se, então, que pelo andar da carruagem, a política seja mais utilizada pelo povo num futuro não distante, quando os que realmente trabalham, sem a subserviência de agora, possam fazer parte de uma política dirigida aos interesses da sociedade e não dos políticos.
