O papel transformador da mulher na Educação

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Dia Internacional da Mulher é comemorado neste sábado, 8

A Educação Básica no Brasil tem rosto feminino. Dados do Censo Escolar 2023, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), mostram que 79,5% dos docentes da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e do Ensino Médio são mulheres. Na Bahia, esse número chega a 79,86%. E na Educação Superior, considerando as redes pública e privada, as mulheres representam 52,32% do total de profissionais

Esses números não apenas evidenciam a predominância feminina na docência, mas também reafirmam a centralidade de nós mulheres na construção do conhecimento e na formação das atuais e futuras gerações.

No entanto, essa presença massiva não é fruto do acaso. Durante séculos, o acesso das mulheres ao conhecimento foi negado e a própria possibilidade de estudar e ensinar foi conquistada com muito esforço. Hoje, a presença feminina na educação reflete uma longa trajetória de luta.

Sempre é essencial ressaltar que a Educação é um dos pilares fundamentais para as transformações da sociedade e daí que compartilhamos com destaque da responsabilidade de formar cidadãos críticos, participativos e conscientes de seu papel civilizatório. Mais do que educadoras, mentoras, orientadoras e, muitas vezes, referências essenciais para ajudar a traçar o horizonte das crianças e jovens.

Como mulher, professora da rede estadual e titular da pasta estadual da Educação, me sinto desafiada a fortalecer e ampliar esse impacto. A construção de uma sociedade mais justa e igualitária exige políticas públicas que garantam não apenas a presença das mulheres nas escolas e universidades, como também condições dignas para exercermos o nosso papel com reconhecimento e valorização. Felizmente, contamos com um governo que entende que governar é cuidar de pessoas, especialmente daquelas que mais precisam do apoio do poder público.

Essa construção coletiva acolhe estudantes, professoras, gestoras e demais profissionais das escolas. Nossas salas de aula estão ocupadas, em grande parte, por filhas e filhos de mulheres que, apesar dos desafios diários, priorizam a educação de suas crianças e jovens.

Mais recente colocamos em curso o “Oxe, me respeite nas escolas” um projeto que através de dinâmicas pedagógicas questionam as normas sociais geradoras da desigualdade de gênero com o objetivo de diminuir os diversos tipos de violências contra meninas e mulheres.

Temos ainda iniciativas voltadas diretamente para as estudantes como o projeto “Mulheres e Meninas na Ciência” que incentiva meninas a se interessarem por áreas historicamente dominadas por homens, como a Ciência, Tecnologia, Mecatrônica e Matemática. A presença feminina nesses campos é uma questão de equidade, e esse programa abre portas para que as meninas desenvolvam habilidades, ampliem horizontes e desafiem estereótipos.

Outro legado deste governo é o Programa de Dignidade Menstrual, onde o estado da Bahia foi pioneiro, que busca assegurar melhores condições para alunas, com acesso a itens de higiene menstrual, infraestrutura adequada e suporte psicológico. A dignidade da mulher no ambiente escolar é um fator crucial para sua permanência e seu desempenho nos estudos, promovendo mais igualdade e respeito.

A luta das mulheres pela educação não é apenas uma batalha do passado. Ainda hoje, garantir que todas tenham acesso ao aprendizado e possam atuar como protagonistas de suas histórias é um compromisso coletivo. Seguimos em frente, fortalecendo esse legado e garantindo que cada menina e mulher tenham as ferramentas para transformar sua realidade e a sociedade.

A TARDE

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