O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa do tenente-coronel do Exército, Rafael Martins de Oliveira, para substituir sua prisão por medidas cautelares. O militar segue detido por suposto envolvimento em plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio Moraes.
Oliveira foi preso preventivamente em novembro de 2024, em uma unidade militar em Niterói (RJ), durante a Operação Contragolpe da Polícia Federal. Segundo as investigações, ele, outros três militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, e um policial federal teriam elaborado o plano, denominado Punha Verde-Amarelo.
A conspiração teria sido discutida em 2022, na casa do general Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial do último pleito. Braga Netto foi preso em dezembro de 2024.
A PF aponta que o grupo pretendia impedir a posse de Lula e Alckmin, eleitos em 2022, além de instaurar um gabinete de crise para manter Bolsonaro no poder.
Além de Rafael Martins de Oliveira, também foram presos o general de brigada da reserva Mario Fernandes, os tenentes-coronéis Helio Ferreira Lima e Rodrigo Bezerra Azevedo, além do policial federal envolvido no caso.