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Senador Sergio Moro (União-PR) foi juiz da Lava Jato que levou Lula à prisão (Foto: Pedro França/Agência Senado)
Davi Soares
O senador Sergio Moro (União-PR) classificou como “pobres coitados” os presos por crimes de tentativa de golpe nos ataques aos Três Poderes da República no dia 8 de Janeiro de 2023. Em suas redes sociais, o ex-juiz da Operação Lava Jato defendeu, nesta quinta (6), a busca apoio do Congresso Nacional para anistiar condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a penas de 17 anos de prisão.
Moro concluiu que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que protestavam para impedir o novo governo do presidente Lula (PT) não são são criminosos, mas erraram e se excederam motivados por paixão política.
“O olhar tem que ser dirigido aos manifestantes invasores que estão presos desde aquela época ou aos que estão recebendo condenações de 17 anos de prisão. Pobres coitados que erraram e se excederam por paixão política, mas não são criminosos”
O senador que foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro criticou que as penas fixadas pelo STF, em decisões do ministro-relator Alexandre de Moraes, são excessivas e fariam uma dupla punição, quando uma única conduta foi enquadrada em dois crimes, de forma equivocada, no caso a tentativa de golpe de estado e atentativa de abolição do estado de direito.
“Há votos vencidos no STF que reconhecem o excesso e a dupla punição. Enquanto as penas não forem reduzidas sensivelmente e essas pessoas soltas, haverá clamor pela anistia. Sou e serei favorável a ela”, antecipoo Moro, ao ponderar ser errado misturar essa anistia pelo 8/1 com a que foi dada pelo golpe de 1964 ou com as ambições políticas voltadas às eleições presidenciais de 2026.
Quando atuava na Justiça Federal, Moro foi o juiz que levou Lula a ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro, em 2018, no âmbito da investigação da Operação Lava Jato. Sua condenação foi anulada pelo STF, após o Supremo concluir que o então juiz manteve diálogos com acusadores do petista, no Ministério Público Federal (MPF), para combinar estratégias da investigação, denúncia e do julgamento para se alcançar a condenação. E o atual presidente, recuperou seus direitos políticos e venceu Bolsonaro nas eleições de 2022.
DIÁRIO DO PODER
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