Desvendada nesta terça-feira (19), a minuta do relatório final da CPI da Pandemia do Senado tem 1.178 páginas, mas está longe de ser recordista nesse quesito. A CPI da Funai de 2017, por exemplo, aprovou seu relatório final com quase 3,4 mil páginas e 96 pedidos de indiciamento. Não deu em nada.
A CPI dos Bingos, em 2006, aprovou o relatório de 1,4 mil páginas com 83 pedidos de indiciamento e foi o palco para a denúncia de um dos maiores escândalos de corrupção da história brasileira: o Mensalão do PT, no primeiro governo Lula.
A verdade é que o relatório não precisa ser extenso, precisa conter provas robustas para fundamentar a investigação de verdade, dos órgãos competentes.
Pizza fria
A CPI da Previdência, de 2017, aprovou por unanimidade o relatório com 253 páginas. Teve até pedido de indiciamento, mas não rendeu.
A CPI de Brumadinho, que investigou as mortes provocadas pelo rompimento da barragem, teve relatório de 632 páginas. São 2,4 mil, com anexos.
Por incrível que pareça, a CPI do acidente do time Chapecoense ainda consta como “em funcionamento” no Senado, mas não tem sequer presidente.
Diário do Poder