“Pacheco tem medo do Supremo ou faz parte dessa cooperativa”

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Em discurso inflamado, Magno Malta disparou contra o presidente do Senado e ministros do STF

Senador Magno Malta discursa na tribuna do plenário do Senado Federal Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (14), o senador Magno Malta (PL-ES) voltou a criticar a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, e Alexandre de Moraes, a quem chamou de “desalmado”, “tirano” e “sanguinário”. Malta também subiu o tom contra o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, por ignorar as adesões de 36 senadores ao pedido de impeachment de Moraes.

– (…) O presidente dessa Casa tem medo do Supremo. Ou tem medo do Supremo, ou faz parte dessa cooperativa – declarou o parlamentar.

O senador mencionou um vídeo que viralizou nas redes sociais, onde uma menina faz um apelo emocionante ao ministro Alexandre de Moraes, e disparou contra o magistrado.

– (…) Tem um vídeo rolando [nas redes sociais] de uma menina, e eu comentei, ela chorando e dizendo: “Alexandre, solta o meu papai. Solta o meu vovô, Alexandre. Assim, Deus vai gostar de você”. Minha filha, esquece! Isso [Moraes] é um desalmado. Essa desgraça não tem alma. Aquilo ali é só uma carcaça, dentro deve ter um demônio de alta patente. Não tem alma, não tem sentimento. Não há choro, não há sofrimento que mova porque eles [os ministros do STF] se bastam. (…) Alexandre de Moraes, tirano! Tirano, sanguinário! – desabafou Magno Malta.

O senador criticou as urnas eletrônicas, citando a falta de popularidade do presidente Lula (PT), e criticou os demais ministros do STF pela anuência aos arbítrios praticados por Moraes.

– (…) Eu acho que se as urnas [eletrônicas] tivessem perna para andar, lotava qualquer lugar. (…) Vou falar [mal das urnas] direto. Se vocês [ministros do STF] inventarem forca, se vocês inventarem pena de morte, eu vou enfrentar vocês até o final. O Brasil não pode perecer na mão de um tirano feito Alexandre de Moraes, e com a conivência dos seus pares. Não é ele sozinho – advertiu.

Magno Malta também criticou o presidente da Suprema Corte, ministro Luís Roberto Barroso, por sua recente declaração.

— Barroso fez uma declaração dizendo que, em time que ganha não se mexe, referindo-se ao Supremo. Eles se acham, eles são suficientes, não têm necessidade de Senado, não têm necessidade de Câmara de Deputados. Isso aqui tem valor zero para o ministro [Barroso]. Eles se bastam, eles são os deuses do Olimpo. Sr. Barroso, estou me dirigindo ao senhor, presidente do Supremo Tribunal Federal, esqueça essa história de se sentir semideus, que você não é – disse o senador.

O parlamentar também criticou as decisões de anulação de crimes de corrupção investigados pela Operação Lava Jato. Segundo Malta, as anulações favorecem políticos envolvidos em esquemas de desvio de recursos públicos. Ele mencionou a anulação do acordo de leniência da construtora OAS.

— Os bandidos da Lava Jato, que foram pegos, fizeram acordo de leniência, falaram dos milhões roubados. Assessor da Petrobras devolvendo R$ 300 milhões… Todos estão perdoados, ninguém cometeu o crime. O Toffoli perdoou o acordo de leniência. O dono da OAS, aquele que deu o triplex para o Lula… Porque, na delação dele, ele toca no nome do Toffoli. E agora, o mais impressionante é que a banca de advogados que advogou para a OAS — e o Toffoli anulou os crimes — é a banca da esposa dele. Mamãe, me acorde! — protestou o parlamentar.

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