‘Ligou a metralhadora, mas isso passa’, diz Bolsonaro sobre Malafaia

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou as críticas feitas pelo pastor Silas Malafaia contra ele.

O ex-presidente destacou a importância da união em todas as frentes da direita para reeleger Ricardo Nunes (MDB) como prefeito de São Paulo.

“Eu amo o Malafaia. Ninguém critica mulher feia. Ele ligou a metralhadora, mas isso passa”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao jornal O Globo.

Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) e apoiador do ex-presidente afirmou nesta terça-feira (8) que Bolsonaro não participou de forma efetiva nas eleições municipais de São Paulo, onde Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (Psol) disputam segundo turno, no dia 27 de outubro.

Malafaia disse ainda que Bolsonaro se omitiu por “medo de ser derrotado” por Pablo Marçal (PRTB) caso o candidato vencesse Nunes. O prefeito teve apoio do ex-presidente, e teve o vice na chapa, Coronel Mello Araújo, indicado por Jair Bolsonaro.

O pastor destacou também que não é papel de um líder guiar-se exclusivamente pelas redes sociais. “Que porcaria de líder é esse?”, questionou o pastor em entrevista à colunista Mônica Bergamo.

Os filhos do ex-presidente, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também se manifestaram de forma mais amena após as críticas de Silas.

“Roupa suja se lava em casa, e não em público. O presidente Bolsonaro fez o que tinha que ser feito, no momento certo, e foi decisivo para o cenário em São Paulo. Se não fosse Bolsonaro, Ricardo Nunes não estaria no segundo turno. Assim como foram decisivos Tarcísio e Malafaia, cada um na sua função, como um time de futebol que não ganha só com atacantes. A fase agora é de distencionamento e, sem orgulho e vaidade, vamos juntos vencer a extrema-esquerda em São Paulo. 2026 já começou e precisamos ser mais racionais que emotivos”, afirmou Flávio.

Já Eduardo, afirmou que algumas das palavras usadas por Malafaia foram absurdas.

“Sem ele muito disso não teria ido adiante. Se ele nos critica hoje por algum motivo, ainda que eu possa entender absurda certas palavras usadas por ele, cabe a mim ter a maturidade de interpretar e resolver com ele internamente. Sigo desejando saúde e tudo de bom a ele”, declarou o parlamentar ao Metrópoles.

DIÁRIO DO PODER