Ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida beija o presidente Lula. (Foto: Ricardo Stuckert/PR/Arquivo)
Cláudio Humberto
A demora do governo de reagir ao escândalo sexual envolvendo o ex-ministro Silvio Almeida (Direitos Humanos) pode render ao presidente até acusação de crime de prevaricação, dizem opositores. O Planalto sabe de tudo desde 2023, segundo fontes do governo e o próprio Lula (PT) admitiu nesta sexta (6), durante entrevista. Só agiu após o vazamento da importunação sexual que vitimou até ministra de Estado, crime federal. A falante Anielle Franco (Igualdade Racial), porém, que vê crime até na expressão “buraco negro”, ficou calada para “não prejudicar o governo”.
Movida pela notícia
A Comissão de Ética, que virou caricatura sob a tutela de Lula, só agiu empurrada pelo escândalo, e a Polícia Federal resolveu abrir inquérito.
Perigo ambulante
Outras acusam o ex-ministro de importunação sexual, como a professora Isabel Rodrigues, que gravou vídeo corajoso expondo o ataque sofrido.
Aviso prévio
Foto de Janja com Anielle foi vista como aviso prévio da demissão. Mas a primeira-dama não postou uma palavra sequer de crítica ao ex-ministro.
Casa de ferreiro
Lula e Janja têm dificuldades de condenar casos assim, como quando um dos filhos do presidente foi acusado de espancar a ex-mulher.
Celso Amorim só atrapalha o inevitável: a compra à Elbit integra um programa das Forças Armadas de 2017(Foto; Agência EBC)
Dificultar contrato israelense é lacração de Amorim
Não passa de lacração a ação do aspone para assuntos internacionais aleatórios de Lula (PT), Celso Amorim, para “travar” a compra de 36 veículos armados da israelense Elbit Systems pelo governo brasileiro. Amorim tenta faturar vitória nas manchetes, com a desculpa de que Israel declarou Lula persona non grata, após o petista equiparar a ação contra o Hamas ao Holocausto. Mas o aspone só atrapalha o inevitável: a compra à Elbit integra um programa das Forças Armadas de 2017.