Objetivo da jogada era perdoar os crimes de políticos condenados
Condenado a mais de 400 anos por crimes relativos a corrupção, até Sergio Cabral, aliado de Lula, tentou carona na PEC.
Redação
Políticos condenados à perda de direitos políticos por crimes punidos na Lei de Ficha Limpa pressionaram o relator da PEC da anistia de dívidas de partidos políticos, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a incluir no texto a possibilidade de perdão a figuras conhecidas do noticiário político e policial. A informação é de dirigentes do MDB nacional, procurados pelos políticos para “apadrinhar a causa” junto ao relator. O foco seria utilizar o afrouxamento na prestação de contas e, em especial, a imunidade tributária em processos administrativos e judiciais como caminho para perdoar políticos que já foram condenados. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Os ex-governadores Sergio Cabral (RJ) e Arruda (DF), e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) foram os que mais pressionaram.
Em 2021, a Câmara aprovou afrouxamento da punição nos casos de condenações por improbidade administrativa.
De aordo com a Justiça Eleitoral, quase 5 mil candidatos foram barrados pela Lei da Ficha Limpa somente entre 2014 e 2020.