Pablo Marçal, pré-candidato a prefeito de São Paulo, é investigado pela Polícia Federal; Entenda motivo

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Foto: Reprodução via Instagram @pablomarcal1.

Um dos pré-candidatos que está se destacando nas pesquisas eleitorais para a prefeitura de São Paulo este ano é Pablo Marçal (PRTB), um coach goiano. Desde que anunciou sua intenção de concorrer ao cargo de chefe do Executivo da maior cidade da América Latina, suas intenções de voto dobraram, segundo levantamentos do instituto Paraná Pesquisas. No entanto, esta não é a primeira incursão de Marçal na política. As informações são da Veja.

Em 2022, ele tentou alçar voos mais altos ao lançar sua candidatura à Presidência da República pelo PROS, mas teve suas pretensões barradas pelo partido, que decidiu apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, adversário declarado de Marçal. Posteriormente, Marçal tentou se eleger deputado federal e recebeu mais de 243 mil votos em São Paulo, mas teve seu registro cassado pela Justiça Eleitoral devido a irregularidades.

Sua primeira incursão eleitoral terminou de maneira frustrante e trouxe grandes complicações: Marçal se viu alvo de uma investigação da Polícia Federal devido a vultosas doações feitas em suas campanhas. Marçal e seu sócio, Marcos Paulo de Oliveira, doaram conjuntamente mais de 1,7 milhão de reais para suas próprias candidaturas. Esse dinheiro foi destinado a bens e serviços de empresas pertencentes ao próprio coach, levantando suspeitas de irregularidades.

Em entrevista à VEJA, o pré-candidato explicou que utilizou seus próprios serviços empresariais, afirmando que não via necessidade de contratar terceiros. “Doei e utilizei meu próprio dinheiro. Utilizei aeronaves minhas, aluguei meus carros blindados, e locamos prédios que são de minha propriedade. Por que contratar de outros?”, justificou.

A suspeita da PF é de que essas transações possam ter sido uma tentativa de mascarar um esquema de lavagem de dinheiro. Por isso, foi iniciada uma investigação sigilosa contra Marçal para apurar os crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de capitais.

Em julho do ano passado, Marçal foi alvo de uma operação da PF que buscou documentos e evidências em seus endereços, incluindo suas empresas em Barueri, na Grande São Paulo, algumas compartilhando o mesmo local. Durante as buscas, os agentes encontraram salas com mesas de bilhar e sinuca em um dos endereços das empresas, que Marçal explicou serem usadas como espaços de recreação para funcionários.

O caso está em fase de inquérito. Após a conclusão das investigações pela PF, um relatório final será elaborado, podendo ou não resultar no indiciamento de Marçal pelos crimes investigados. O inquérito então será encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que decidirá se apresenta ou não acusações à Justiça.

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