Governo Lula quer distribuir dinheiro público a militantes ligados à esquerda
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o presidente Lula. (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)
Maria Fernanda
A bancada do Partido Novo acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para solicitar a suspensão do resultado final de um processo seletivo do Ministério da Saúde, referente ao programa de formação de “agentes educadores populares” do Sistema Único de Saúde (SUS), o AgPopSus.
A representação foi feita pelos deputados federais Adriana Ventura (SP), Gilson Marques (SC) e Marcel van Hattem (RS), além do senador Eduardo Girão (CE).
Através do resultado preliminar da chamada pública do AgPopSus, a pasta comandada por Nísia Trindade firmou parcerias com entidades alinhadas ao governo Lula e movimentos de esquerda para formar líderes comunitários. Estes líderes atuam como agentes do SUS em comunidades carentes. Eles seriam financiados com dinheiro público.
Entre os contemplados estão entidades como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Também são listados, entre outros, o Levante Popular da Juventude, famoso por ter promovido no passado “escrachos” contra autoridades, e grupos que se definem como revolucionários e anticapitalistas.
Na representação, a legenda questiona o critério de seleção destes, grupos que serão contemplados com orçamento de R$23,7 milhões. E aponta como problema a falta de critérios objetivos para a seleção dos movimentos.
Segundo o Novo, isso “confere grande espaço discricionário para que a administração escolha os movimentos sociais populares com base no alinhamento de tais movimentos com as opiniões e visões ideológicas do atual governo, o que é evidentemente imoral e incompatível com o princípio da impessoalidade”.