Após a Polícia Federal ouvir em Delação Premiada o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, com condenação de mais de 300 anos de reclusão, surge o nome do Ministro Dias Toffoli, acusado pelo delator de receber quatro milhões de reais para beneficiar prefeitos fluminenses em processos do Tribunal Superior Eleitoral.
O togado acusado, imediatamente negou ter recebido qualquer valor. E com a mesma velocidade, deputados elaboraram uma carta em defesa de Toffoli. que até então tinha a adesão de 11 deputados de vários partidos de esquerda. Provavelmente todos com seus respectivos “dossiês” nas mãos dos togados do STF e naturalmente com se diz: de rabo preso.
Acredito que não devo emporcalhar mais esse texto reproduzindo o teor dessa carta, pois deverá ser publicada em profusão pela mídia tradicional. A mesma carregada de “sincera emoção” em repúdio a ação da PF, sugere talvez que Dias Toffoli seja beatificado.
Santo Toffoli, que a exemplo de todos os seus comparsas do STF, mantém escritórios de advocacia nas mãos de parentes e afilhados paralelos e afinados ao Supremo, sem lhes dar conotação de puro e criminoso nepotismo.
Então resta mais uma vez formular a pergunta sem resposta: Quem julga os Juízes? Todavia, a imensa maioria deles nunca passou em concurso de juiz, são meros advogados de partido colocados no poder por presidentes em exercício de seu mandato. Para pura e verdadeira conveniência própria.
Sendo assim deixem que Toffoli seja visitado pelo “japonês” de Federal e divida com Sérgio Cabral essa exuberante pena, pelas próximas três gerações.
O que faz de Dias Toffoli um santo em processo de beatificação é, sem duvida nenhuma, a fragilidade de nossas leis, a ausência de indignação das pessoas de bem e a ação consistente de uma mídia, no mínimo satanista, que está dando sustentação a um punhado de oportunistas tomarem o poder pela força.
Desestabilizar a economia, trancafiar as pessoas em seus lares, limitar ao extremo a circulação de pessoas, desarmar a população e armar as facções criminosas com o apoio do STF, que atualmente se tornou um purgante para liberar tudo o que não presta, corresponde ao fim da democracia no Brasil.