Há mais de um ano sem filiação partidária, o senador Randolfe Rodrigues (AP), líder do governo no Congresso, vem postergando sua associação ao PT, apesar de considerar outras opções partidárias e enfrentar críticas por sua atuação na articulação política. As informações são do UOL.
Contexto Após desentendimentos com Marina Silva, fundadora da Rede Sustentabilidade e atual ministra do Meio Ambiente, Randolfe desligou-se do partido em maio de 2023. Recebeu um convite do presidente Lula para reintegrar-se ao PT, quase três décadas após sua primeira filiação, contudo, a formalização de seu retorno ainda não ocorreu.
Gleisi Hoffmann, presidente do PT, declarou ao UOL que aguarda um momento oportuno na agenda do presidente Lula para realizar o evento de filiação.
Embora a demora na filiação não o impeça de liderar o governo no Congresso, líderes partidários expressam surpresa por terem um líder governista sem partido.
Declarações de Gleisi Hoffmann “O próprio Lula convidou Randolfe. Ele pediu um tempo para pensar e, após aceitar, estamos apenas no aguardo de um espaço na agenda para concretizar a filiação”, afirmou Gleisi Hoffmann.
Busca por Alternativas Enquanto isso, Randolfe explora outras possibilidades partidárias visando as eleições de 2026, tendo sondado o PSB e recebido um convite do MDB, mas ainda não definiu seu rumo.
Aliados do senador acreditam que ele está calculando seus passos para o próximo pleito eleitoral. No Amapá, duas vagas para o Senado estarão em disputa, e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil) deve apoiar Waldez Góes, ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, em sua campanha.
Desempenho no Congresso Randolfe enfrenta críticas recorrentes por sua falta de habilidade nas negociações parlamentares, especialmente por não estabelecer diálogo com membros da oposição.
Sua dificuldade em articular acordos ficou evidente na última sessão do Congresso, em maio, quando o governo sofreu derrotas significativas. Parlamentares relataram que Randolfe não buscou consenso com a oposição, resultando na rejeição de medidas propostas pelo governo.
Percepção dos Parlamentares Deputados e senadores reconhecem a contribuição de Randolfe enquanto oposição, mas criticam sua performance como líder governista. Lideranças partidárias sugerem que sua nomeação como líder foi um “prêmio de consolação” após seus esforços na campanha presidencial de Lula em 2022 e durante o período de transição.
Posição do PT Apesar das falhas apontadas, membros do PT asseguram que o convite de Lula permanece válido, destacando a relação cordial entre o senador e o presidente, bem como sua proximidade com a primeira-dama. Lula e Janja foram padrinhos no casamento de Randolfe em julho do ano anterior.