Haddad coloca panos quentes na revisão de gastos públicos e dólar parar de subir

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Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Após quatro sessões de alta, o dólar voltou a cair nesta quinta-feira (13), encerrando abaixo de R$ 5,40. Esse resultado, que favorece os mercados de câmbio e juros futuros no Brasil, ocorreu após membros do governo Lula defenderem o equilíbrio fiscal.
O dólar à vista fechou o pregão cotado a R$ 5,3680 na venda, uma queda de 0,66%. No entanto, em junho, a moeda norte-americana acumula um aumento de 2,23%.
No início da sessão, o dólar chegou a registrar novas altas em relação ao real, com os investidores ainda cautelosos sobre a situação fiscal, que recentemente afetou negativamente os ativos brasileiros. Às 9h19, o dólar à vista atingiu sua cotação máxima de R$ 5,4171 (+0,25%). Posteriormente, as cotações se aproximaram da estabilidade, mesmo com a tendência de alta do dólar no exterior em relação a outras moedas fortes.
A partir do final da manhã e início da tarde, o dólar começou a perder força de forma mais consistente em relação ao real, movimento que coincidiu com a queda nas taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).
Declarações do governo
Esse movimento foi impulsionado por declarações positivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de ministros. Em visita à Suíça, Lula defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após rumores de que ele estaria enfraquecido no governo.
No Brasil, Haddad afirmou que o ministério vai ajudar o Senado na análise de medidas para compensar a desoneração da folha de pagamento. Ele também mencionou que pediu à equipe econômica que intensifique a discussão sobre o corte de gastos públicos para 2025. Junto com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, Haddad defendeu uma “revisão ampla, geral e irrestrita” das contas do governo.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que ocupa interinamente a presidência, reiterou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, mantendo o controle das contas públicas e da inflação.

Essas declarações foram feitas entre o final da manhã e o início da tarde, período em que o dólar registrou quedas mais significativas. Às 15h12, o dólar à vista atingiu a cotação mínima de R$ 5,3628 (-0,76%).

Ibovespa

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo (B3), fechou com uma variação negativa de 0,31%, aos 119.567,53 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 18,44 bilhões. Os investidores seguem cautelosos quanto ao cenário fiscal, especialmente após o fracasso da MP do PIS/Cofins, que aumentou as preocupações.

Segundo Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, a bolsa refletiu a incerteza política e fiscal no Brasil. “O sentimento predominante no mercado continua sendo de cautela”, afirmou.

No exterior, Wall Street fechou sem direção única, mas o S&P 500, uma das principais referências do mercado acionário norte-americano, subiu 0,23%, atingindo novas máximas.

 

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