Lira pode ter caído em armadilha da taxação das “blusinhas” e liga para reclamar com Haddad que estava no Vaticano

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Insatisfeito com a decisão do Senado de remover a taxação das compras internacionais de até 50 dólares do projeto de lei que institui o Mover, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ligou para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está em viagem oficial ao Vaticano, para reclamar, conforme reportou O Estado de S.Paulo.
O parlamentar lembrou ao chefe da equipe econômica que aceitou uma taxa menor do que a prevista, com o compromisso de aprovação no Senado e sanção do presidente Lula (PT).
Segundo o jornal, Lira foi pego de surpresa com o anúncio do senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), relator do projeto no Senado, de que a tributação das compras internacionais seria retirada do projeto que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover).
Lira ameaça encerrar o Mover
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta terça-feira, 4, que o Senado cumpra o acordo sobre a taxação das compras internacionais até 50 dólares.
“Se o Senado modificar o texto, obrigatoriamente tem que voltar para a Câmara, não sei como os deputados vão encarar uma votação que foi feita por acordo. Não é fácil votar uma matéria quando ela tem uma narrativa de tributar roupas. Não estamos falando disso, estamos falando de emprego, de justiça de competição, de indústria nacional que já está quase que de nariz de fora no aperto”, afirmou Lira.
“Precisamos honrar os compromissos que são feitos”, complementou Lira. O deputado cobrou ainda que o governo trabalhe para persuadir o relator do Senado a reintegrar o trecho retirado da proposta sob o risco de a Câmara encerrar o programa Mover.

“Acho que o Mover tem sérias chances de cair por terra e de não ser mais votado na Câmara. Isso eu penso com base em algumas conversas que eu tive. Estamos pacientemente esperando e aguardando que as coisas sejam discutidas, votadas, de maneira elevada, transparente e clara”, disse Lira.

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