Gaúchos refutam ‘governador biônico’, mas têm mais a fazer

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Lula impôs um “governador biônico” ou “paralelo” para disputar espaço político com o governador Eduardo Leite (Foto: Valter Campanato/ABr.)

Líderes políticos e empresariais gaúchos rejeitam e até consideram uma “violência institucional” em que Lula impôs um “governador biônico” ou “paralelo” para disputar espaço político com o governador Eduardo Leite (PSDB), eleito em 2022. O candidato do PT ficou em 3º. Mas todos estão mais preocupados com a reconstrução do Estado, deixando a polêmica de lado. O “biônico” Paulo Pimenta ambiciona o governo em 2026 e terá o papel de distribuir dinheiro e favores em 2024, ano eleitoral municipal.

Governador eleito

O vice-governador Gabriel Souza lembrou apenas, sem polemizar, que o governador eleito é Eduardo Leite e cabe a ele liderar a reconstrução.

Piratini não abre mão

“Não podemos fazer nada sobre decisões do governo federal”, diz o vice, deixando claro que o Piratini não abrirá mão de suas prerrogativas.

Leite ficou inerte

Aliados acham que Eduardo Leite deveria ter abandonado o palanque de Lula em São Leopoldo, na quarta, quando fez uso eleitoral da tragédia.

Violência institucional

Para que a morte do seu governo não seja decretada, amigos pedem a Leite que recuse disputas com o “biônico” Pimenta por espaço político.

Os três Poderes mantêm centenas de imóveis funcionais para autoridades não pagarem aluguel – Foto: reprodução.

Servidora ocupa imóvel funcional há mais de 50 anos

Uma servidora pública ocupa desde 1973 imóveis funcionais do governo federal. Aposentada, não é possível saber a função de Vera Lúcia Riani, inquilina da União, já que o campo é marcado como “função inexistente” no Portal da Transparência, que registra ainda que ela ocupa o mesmo imóvel, sem ser incomodada, desde outubro de 2010. Há ainda outros três inquilinos que desfrutam da regalia desde os anos 1970. Todos vinculados ao Ministério da Defesa. Ao menos dois são pensionistas.

Inquilino secreto

Há casos nebulosos, como um imóvel ocupado desde julho de 1980, que tem CPF, cargo, nome e vínculo escondidos. Tudo taxado como “sigilo”.

Milicos dominam

Outros cinco imóveis são ocupados desde os anos 1980. Mais quatro têm inquilinos desde os 1990. A maioria vinculada aos militares.

Pequena cidade

O governo federal tem 1.345 imóveis funcionais, a maioria em áreas nobres de Brasília. Boa parte, 1.057, está ocupada por servidores.

TSE sob pressão

O Tribunal Superior Eleitoral retoma nesta terça (21) o julgamento do recurso à absolvição do senador Sérgio Moro (União-PR) no TRE-PR. É forte a pressão do Planalto para reverter a tendência de a absolvição ser confirmada, até pelas acusações sem amparo nos fatos ou na lei.

Pacheco errou

Para o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), deveria ser devolvida a proposta de Lula para tornar ainda mais caro o emprego, com a reoneração da folha dos 17setores que mais empregam na economia.

Lobby na agenda

A Câmara discute nesta terça (21) projeto que é exemplo de lobby da indústria farmacêutica tentando reduzir custos: dispensa bulas impressas em medicamentos que disponibilizem bulas em QR Code na embalagem.

São Paulo presente

Bombas da Sabesp, companhia de saneamento de São Paulo, vão atuar na drenagem de água do Rio Grande do Sul. Estados como Alagoas e Ceará também vão mandar equipamentos para auxiliar no serviço.

Desemprego cai no DF

O Distrito Federal está entre as oito unidades da federação que registraram recuo no desemprego no último trimestre, segundo o IBGE. O percentual da população desempregada no DF caiu para 9,5%.

Mudou de ideia

Relator do projeto da desoneração, Efraim Filho (União-PB), agora elogia o “acordo construído a muitas mãos” e a “excelente condução” de Rodrigo Pacheco. Até dias atrás criticava o tapetão do governo no STF.

Tiro amigo

Para o Pastor Silas Malafaia, “lamentavelmente temos uma direita vagabunda e venal que se vende por cargos, é só ver a aprovação do DPVAT. O acordo com o governo [sobre desoneração] é uma vergonha”.

Política como ela é

Acredito que o Congresso reagiu e pressionou o governo a buscar um acordo [no caso da desoneração]”, diz o senador Plínio Valério, o qual só se concretizou devido à manifestação clara de insatisfação dos líderes”.

Pensando bem…

…acabou que o acordo não acordou ninguém.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO

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