Porto Alegre raciona água e carros-pipa abastecem abrigos e hospitais

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Quatro estações de tratamento foram alagadas e duas operam com limitações na enchente histórica da capital gaúcha

Bairros Humaitá e Sarandi vivem tragédia humanitária por inundações em Porto Alegre (Foto: Giulian Serafim/PMPA)

Após apelar para que a população de Porto Alegre economize água por causa da enchente histórica que mantém submersa grande parte da capital gaúcha, o prefeito Sebastião Melo (MDB) decretou, nesta segunda-feira (6), o racionamento de água na cidade. A medida restringe o uso da água tratada para consumo exclusivamente essencial, enquanto a enchente impedir a regularização do serviço. Hospitais e abrigos estão sendo abastecidos prioritariamente por caminhões-pipa, na cidade que já supera 7,5 mil pessoas estão acolhidas em cerca de 60 abrigos temporários organizados pela Prefeitura.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que segue com quatro Estações de Tratamento de Água (ETAs) sem conseguir captar água por causa das enchentes. E as duas ETAs que estão em funcionamento operam com capacidade reduzida. O que justifica a baixa pressão do abastecimento em alguns bairros e o apelo do prefeito por economia no consumo do líquido essencial neste momento de catástrofe.
Até a retomada da regularidade, o abastecimento do DMAE de Porto Alegre, [a água] deve ser exclusivamente para consumo essencial. Lavagens e rega de jardins e uso em salões de beleza, clínicas estéticas, academias, banho e tosa precisam ser evitados. Estamos vivendo um desastre natural sem precedentes, e todos precisam contribuir. O desabastecimento é real e vai levar tempo até ser regularizado. Estamos buscando alternativas em diferentes frentes, mas a consciência de cada cidadão é decisiva para não piorar o cenário”, disse o prefeito Sebastião Melo.
O decreto veta o uso de água para atividades como lavagens automotivas, de calçadas e fachadas, rega de jardins e gramados, bem como uso em salões de beleza, clínicas estéticas, academias, em banho e tosa de animais. Limitações que valem até a retomada a regularidade no abastecimento, para preservar o recurso hídrico em Porto Alegre.
DIÁR8O DO PODER

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