Leão cutuca Neto e diz que fusão DEM-PSL é “espuma”

Política Baiana

 

O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), voltou a cutucar o ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (DEM), e disse que a fusão partidária entre DEM e PSL, que tem sido coordenada por Neto, é apenas “espuma”. Para Leão, a união das legendas não trará impacto nenhum no cenário eleitoral baiano no próximo ano.

“Eu acho que não (terá impacto), porque o DEM e o PSL não têm nada na Bahia. Se você pegar quantos prefeitos têm o DEM e quantos prefeitos têm o PSL, continua tudo como já foi. É só espuma. Ele (ACM Neto) vai ficar com muito tempo de televisão, mas ele não tem o que dizer. Não tem o que mostrar”, disse Leão, em entrevista à Tribuna.

Presidente nacional do DEM, ACM Neto disse que a intenção ao fundir o seu partido com o PSL é “ter o maior partido do Brasil e o maior partido da Bahia”. Nesta semana, os democratas deram um passo largo para concretizar a fusão ao aprovar a realização de uma convenção nacional do partido, em outubro, para confirmar a união da legenda com o PSL. “Estamos nesse processo de análise da fusão dos dois partidos com o objetivo de criar um novo partido, que seria o maior partido do país. E que permita ter um projeto forte e vitorioso no Brasil no próximo ano. E, claro, que, caso isso dê certo, ele também já nasce com todo peso político na Bahia para ser o principal partido do estado. Esse é o nosso objetivo: ter o maior partido do Brasil e o maior partido da Bahia”, declarou Neto.

Ainda entrevista à reportagem, Leão afirmou que Neto hoje só é “forte” em Salvador, onde foi prefeito por oito anos. “É a única cidade que ele é forte, porque o resto… No interior, ele tem aí uns 17 municípios. Tinha 20. Já tem uma série de prefeitos que eles estão perdendo, a exemplo de Luís Eduardo Magalhães. (Neto) perdeu porque o cara (prefeito de LEM, Junior Marabá) preferiu o PP. Viu que tinha mais futuro no PP)”, alfinetou o vice-governador.

Sobre o cenário nacional, Leão se mostrou a favor de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encerrar o mandato, e não haver um processo de impeachment, por exemplo.  “É bom que chegue ao fim (do governo). Acabar com esse negócio de cassar. Eu sou contra. O povo elegeu ele por quatro anos. Que agora aguente ele”, pontuou. Para o vice, o PP não tem tido imagem prejudica por estar associado ao governo Bolsonaro. “Eu acho que não prejudica o partido não. Nós precisamos ajudar o Brasil.  O Brasil precisa voltar a crescer. É isso que o PP está fazendo lá no governo”, salientou. 

TRIBUNA DA BAHIA

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