Eduardo Cunha diz ter convicção da inocência de Chiquinho Brazão

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Ex-presidente da Câmara questionou decisão do Congresso de confirmar prisão do parlamentar

Eduardo Cunha Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados

O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PRD) disse ter “absoluta convicção” da inocência do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes da execução da vereadora Marielle Franco, em 2018, segundo a Polícia Federal (PF). O ex-deputado acredita, porém, que Brazão será cassado pela Câmara.
– Cassação, eu não tenho a menor dúvida de que vai haver, se ele não venceu uma votação para sair da cadeia – disse Cunha, aliado político da família Brazão, ao CNN Entrevistas, em trecho divulgado nesta sexta-feira (12).
Brazão foi preso preventivamente em 24 de março por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O mandado de prisão foi referendado pela 1ª Turma do Supremo e precisava ser autorizado por ao menos 257 deputados. Foram 277 votos a favor da prisão, 129 contra e 28 abstenções. Para Cunha, foi estabelecido um precedente nocivo ao Congresso.
– Os parlamentares praticamente fizeram uma emenda constitucional dizendo que pode ter prisão preventiva de deputado – criticou o ex-presidente da Casa.
Mesmo preso, Chiquinho permanece com o mandato de deputado e, em paralelo, tramita uma representação no Conselho de Ética da Câmara que pode cassá-lo. A representação é de autoria do PSOL, partido de Marielle, e ainda não tem relator designado.
Cunha é aliado político da família Brazão, em especial do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ), Domingos Brazão, irmão de Chiquinho, também suspeito de ser mandante da execução de Marielle.
– Minha relação se dá até mais com o irmão dele, Domingos. Eu fui deputado estadual com ele. Depois que eu vim para ser deputado federal, ele me apoiou nas eleições e, assim, foram aumentando as dobradinhas eleitorais – disse Eduardo Cunha.

*AE

 

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