As noitadas de Jair Bolsonaro na embaixada da Hungria, em fevereiro, fazem lembrar o plano de fuga de Lula (PT), revelado pela revista Veja em março de 2016, quando, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, relutava em se entregar à Justiça. Chegou a se refugiar em um sindicato no ABC. Ele próprio contou em vídeo, publicado pelo fotógrafo particular nas redes sociais do petista. Nele, o então ex-presidente condenado por corrupção contou que teve a chance de fugir do Brasil.
Outra coincidência
Como Bolsonaro, Lula em 2018 teve passaporte apreendido, obrigando-o a cancelar uma viagem à África. A Justiça temia que ele fugisse.
Perdido no mapa
“Eu poderia ter fugido”, disse ele. “Estive na divisa do Paraguai com o Brasil, estive em Foz do Iguaçu, vizinho do Uruguai (sic) e da Argentina”.
‘Eu poderia ter saído’
O petista que, “descondenado”, voltou ao cargo, admitiu, em fala a sindicalistas: “Eu poderia ter saído, poderia ter ido para uma embaixada”.
Opção pela Itália
Cuba e Venezuela foram logo descartados. Lula preferia a Itália pelo fato de a então primeira-dama Marisa Letícia e os filhos terem cidadania.
Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski e o presidente Lula. (Foto: TSE)
Saidinhas: veto divide ministro e líderes de Lula
O Planalto trata com discrição o abacaxi que virou o fim da saidinha para a bandidagem. Contrário ao fim da regalia, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, cuida pessoalmente de um parecer que deve recomendar ao menos o veto parcial do texto. O tema é sensível ao Palácio, que já captou o desgaste político que se avizinha, sendo até alertado pelos líderes do PT Jacques Wagner (BA), do Senado, e José Guimarães (CE), da Câmara, sobre deteriorar ainda mais a relação com o Congresso.
Efeito Mossoró
Governistas preveem que o parecer de Lewandowski só vai piorar o filme queimado do ministro, que até hoje toma baile dos fugitivos de Mossoró.
Justificativas
Além de procurar deficiências jurídicas na construção do texto, Lewandowski deve engrossar o parecer com foco na “ressocialização”.
Não é comigo
Quem pergunta sobre o tema para José Guimarães, o deputado se esquiva. Diz que “não é assunto do governo”.
Padrão PT
Messias Donato (Rep-ES), que já tomou um tapa impune do deputado Washington Quaquá (RJ), vice-presidente do PT, considera um escárnio a contratação da Odebrecht e Andrade Gutierrez para obras na refinaria de Abreu Lima: “Quando não são ditadores, são corruptos”, diz.
Fracasso de público
O ato da esquerda no fim de semana foi um fracasso no Brasil e no exterior. Mesmo exagerando, a USP só viu 1,7 mil, onde parecia uns duzentos. Em Lisboa, lotada de brasileiros, só 26 deram as caras.
Três de cinc
O Senado terá nesta terça (26) a terceira sessão de discussão sobre o projeto que criminaliza o porte de qualquer quantidade de droga. Para ser votada, a proposta precisa de cinco sessões de discussão.
Veto e censura
A sessão em homenagem aos 200 anos do Senado não incluiu senadores de oposição como Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Novo-CE). Nem sequer puderam discursar.
Golpe não-relativo
Candidata contra o ditador Maduro na Venezuela, Corina Yoris quis registrar candidatura online, não pôde. Tentou pessoalmente, mas o acesso ao órgão eleitoral do amigão de Lula está “tomado militarmente”.
Efeito borboleta
Deltan Dallagnol lembrou que Domingos Brazão foi preso pela Lava Jato e solto pelo STJ rapidamente. Logo na sequência, diz o ex-procurador da operação, citando as investigações, a morte de Marielle foi planejada.
Motoboys reagem
Belo Horizonte registrou manifestação de motoboys contra o projeto do governo Lula que regula o trabalho autônomo por aplicativo. A categoria, contrária ao texto, reclama que não foi ouvida.
Falta a resposta
O deputado federal Zucco (PL-RS) celebrou esclarecimento sobre os mandantes da morte de Marielle Franco e aproveitou para cobrar outra resposta: “quem mandou matar Bolsonaro?”, questionou.
Lanterna na popa
Agora que se sabe quem matou Marielle, quem deu fuga em Mossoró aos bandidões?
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO