Durante a reunião ministerial desta segunda-feira (18), Lewandowski rebateu as críticas e empurrou a responsabilidade dessa área aos Estados e municípios
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, minimizou as críticas ao governo federal pela atuação na segurança pública. – Foto: Roque de Sá Agência Senado
Danyelle Silva
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, minimizou as críticas ao governo federal pela atuação na segurança pública, que já vinha sendo alvo de intensas críticas desde a época de Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com a fuga dos presos do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, há mais de um mês, e o completo fiasco das forças policiais em recapturar os fugitivos, integrantes do Comando Vermelho, as críticas são ainda mais contundentes.
O contratempo está afetando em especial a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem caído e a falta de um projeto efetivo de segurança pública acentua ainda mais as cobranças.
Durante a reunião ministerial desta segunda-feira (18), Lewandowski rebateu as críticas e empurrou a responsabilidade dessa área aos Estados e municípios. Três participantes do encontro disseram à imprensa que o ministro frisou que o “Executivo federal tem instrumentos limitados para atuar no tema da segurança, de acordo com a Constituição”.
Na ocasião, Lewandowski tentou justificar a fuga de dois detentos do presídio de segurança máxima de Mossoró. E afirmou que “é difícil capturar” depois de uma fuga. Mas o ministro acredita que “o cerco sobre eles está diminuindo”.
Virou meme
O fiasco para a captura dos integrantes do Comando Vermelho, virou até chacota nas redes sociais. Os internautas comentaram de forma irônica que a “polícia de Mossoró iria encontrar a Kate Middleton”, a duquesa de Gales a algumas semanas está fora dos holofotes, o que gerou uma série de teorias da conspiração envolta da Família Real Britânica, sobre o sumiço repentino.
Não é apenas o presidente que está cobrando um posicionamento do chefe da pasta sobre o assunto.