Eduardo Girão sobre CPI: “Está indo para um final melancólico”

CPI DA COVID

Senador Eduardo Girão Foto: Reprodução

 

Nesta quinta-feira (16), o Pleno.News entrevistou o senador Eduardo Girão (Podemos-CE). O parlamentar falou sobre a condução da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Girão lamentou o rumo que a CPI tomou e ressaltou que, desde o início, ficou claro que a corrupção não seria investigada.

– A CPI está perdida. Ela não tem mais assunto. Ela patina, anda em círculos e quer, de qualquer maneira, buscar os holofotes que teve em algum momento. Mas, quando o cidadão de bem percebeu que era um jogo político com o objetivo definido de antecipar as eleições de 2022, as pessoas viram que não tinha como levar a sério – avaliou.

Para Girão, os brasileiros, por um momento, acreditaram que a CPI poderia dar certo. Mas, em sua visão, a Comissão faz blindagem de pessoas e trabalha com conflito de interesses, o que prejudica o trabalho de quase quatro meses, o que acaba levando ao descrédito.

– A CPI está indo para um final melancólico. Tivemos de tudo na CPI, de abuso de autoridade até vazamento de dados sigilosos, o que é ilegal. Vimos, inclusive, senadores se levantarem na frente dos depoentes – pontuou.

Questionado sobre a intenção dos senadores Omar Aziz e Randolfe Rodrigues, respectivamente presidente e vice da CPI da Pandemia, contratarem a produtora Paula Lavigne, esposa do cantor Caetano Veloso, para planejar a cerimônia final da Comissão, Girão lamentou profundamente.

– Fiquei impactado. É difícil de acreditar. Faz parte de um espetáculo. Espero que não se confirme. Isso vai ser um espetáculo muito triste em cima de vidas. Fazer um fechamento desse é uma peça de cinema, e não estamos aqui para nos divertir, para participar de nenhum tipo de circo – enfatizou.

Pleno News

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