Recursos tirados do trabalhador sempre financiaram campanhas de aliados dos pelegos
O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. (Foto: Agência Brasil.)
Cláudio Humberto
Há resistência no Congresso à volta da “contribuição” obrigatória, usada para bancar sindicalistas que ficam ricos com o dinheiro, porque políticos sabem o que está por trás do desespero das centrais sindicais e do ministro Luiz Marinho (Trabalho): restaurar a fonte de dinheiro que secou com a reforma trabalhista de 2017. Eles querem retomar também formas de financiar candidaturas ligadas à esquerda, sobretudo ao PT. Não por acaso, o tema ressurgiu com força em pleno ano de eleições municipais.
‘Mortadelas’, a origem
A pelegada usou esse dinheiro para criar os “mortadelas”, gente pobre recrutada na periferia para fazer número em atos pró-governos petistas.
Farra com o alheio
Carros de som, palanques, churrascadas, trios elétrico e panfletagens de campanhas “de esquerda” eram pagos com dinheiro da “contribuição”.
Sem votos gratuitos
Com o fim da “contribuição”, o PT perdeu apoio no interior e nas grandes cidades. Não por acaso, foi goleado pela centro-direita, em 2022.
O crime perfeito
Sindicalistas também usaram os recursos em campanhas para difamar adversários, certos de que nunca serão fiscalizados por órgãos tipo TCU.
(Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)
Cláusula de barreira provoca pânico nos partidos
Confrontos recentes, como no União Brasil, PDT e PSDB, têm um fio condutor, que provoca guerras e rupturas irreparáveis nos partidos: a cláusula de barreira. Sem contar a disputa pelo controle dos bilionários fundões partidário e eleitoral, a exigência de desempenho a partir de 2026 ficará ainda mais rigorosa: partido sobreviverá se conseguir eleger ao menos 13 deputados federais ou somar 2,5% dos votos válidos, segundo a emenda nº 97, de 2017. Diversos partidos correm risco de extinção se não passarem por fusões ou coligações permanentes.
Contorno à Lei
Para driblar a extinção de partidinhos como o PCdoB, o Congresso criou em 2021 a federação partidária, coligação de 4 anos de duração.
Cada vez menos
Em 2022, só 12 grupos (três federações e nove partidos) atingiram a exigência. Outros 16 não tiveram requisitos mínimos de votos e eleitos.
Barata voa da década
A partir de 2030, federações ou partidos terão que eleger 15 deputados no mínimo ou obter 3% dos votos válidos em nove estados brasileiros.
Rumo à irrelevância
Em vez de procurar no mundo democrático e próspero, Lula foi procurar sua turma em convescotes para disputar holofotes com ditadores tipo Nicolás Maduro, em busca de aplausos contra seus insultos aos judeus,
Pra boi dormir
O deputado Evair de Melo (PP-ES) desconfia da generosidade de Lula, o “filantropo do Caribe”, ao prometer investimentos internacionais, “como se no Brasil não estivéssemos com déficit primário de R$249,1 bilhões”.
Fui ali
Eleito presidente do União Brasil, Antônio de Rueda decidiu dar um tempo, viajando com a família ao exterior. Afasta-se, assim, do ambiente que rendeu ameaças de morte contra ele e até sua filha de 12 anos.
Trabalho dobrado
A segurança do aeroporto de Viracopos (SP) teve um trabalhão nesta sexta (1). Bolsonaro desembarcou por lá para cumprir agenda em São Paulo. O “ex-presidente desgastado” foi recebido por uma multidão.
Ladeira abaixo
A língua solta de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, deixou sinais nas ações da empresa, que fecharam a semana em queda de mais de 4% após o ex-petista falar em redução de dividendos.
Pegou mal
Com ameaça de convocação pela oposição, a ministra Nísia Trindade (Saúde) suspendeu nota que flexibilizava o aborto. “A gente está falando da morte de crianças”, alertou o delegado Fábio Costa (PP-AL).
Dízimo do governo
O governo não desistiu de tentar garfar um pedaço do salário de líderes religiosos. A previsão é de que ainda em março a equipe de Fernando Haddad (Fazenda) mande uma proposta de tributação.
Vale um chiclete
Só piora a vida do pequeno investidor que apostou em papeis das Americanas. Depois de muito tempo na casa do R$1, a ação que já valeu R$121 fechou a sexta (1) valendo pouco mais de R$0,50.
Pensando bem…
…agora será a vez do ato “democrático” anti-manifestação.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO