‘Última resistência ou retorno político?’: como a imprensa internacional repercutiu ato de Bolsonaro

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Jornais destacaram que Bolsonaro quis demonstrar força em meio às investigações sobre suposto golpe de Estado.

Protesto ocupou quarteirões da avenida Paulista -  (crédito: EPA)

Protesto ocupou quarteirões da avenida Paulista – (crédito: EPA)

imprensa internacional repercutiu no seu noticiário o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em São Paulo no domingo (25/2).
“Última resistência ou retorno político?”, perguntou o jornal francês Le Monde em uma reportagem escrita por um correspondente no Brasil.
“Encurralado por investigações judiciais e gravemente ameaçado de prisão, Jair Bolsonaro assumiu a liderança, no domingo, 25 de fevereiro, em uma grande manifestação de apoio a si mesmo.”
O jornal disse que havia um grande número de manifestantes no ato, mas destacou o comedimento de muitos dos presentes.
“A multidão estava lá, é claro. Mas estamos longe do entusiasmo das mobilizações anteriores. Sob um lindo sol, os rostos permaneceram fechados, e as palavras eram controladas. O medo de serem presos por convocarem um golpe é real entre esses bolsonaristas que agora seguram seus ataques contra os odiados juízes do Supremo Tribunal Federal.”
O correspondente do Le Monde também relatou que as bandeiras de Israel na multidão eram “quase tão numerosas quanto as do Brasil”.
“No final deste dia, Bolsonaro terá demonstrado a sua capacidade de mobilização e a resiliência da sua popularidade junto da sua base. Politicamente, ele terá, portanto, ganho alguns pontos. Mas no plano jurídico, o assunto está longe de ser ouvido”, escreveu o jornal, enumerando alguns dos processos aos quais Bolsonaro responde no momento.
“Já condenado a oito anos de inelegibilidade pelos seus ataques ao sistema de votação eletrônica do Brasil, poderá o ‘capitão’ ver a sua cavalgada política terminar atrás das grades? Na extrema direita, alguns já parecem estar preparando a sucessão e imaginando um bolsonarismo sem Bolsonaro. O candidato mais sério continua sendo o ex-ministro e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Presente no Paulista, ele prestou homenagem ao ‘amigo’ e ex-presidente”, diz a reportagem.
O correspondente do Le Monde também relatou que as bandeiras de Israel na multidão eram “quase tão numerosas quanto as do Brasil”.
“No final deste dia, Bolsonaro terá demonstrado a sua capacidade de mobilização e a resiliência da sua popularidade junto da sua base. Politicamente, ele terá, portanto, ganho alguns pontos. Mas no plano jurídico, o assunto está longe de ser ouvido”, escreveu o jornal, enumerando alguns dos processos aos quais Bolsonaro responde no momento.
“Já condenado a oito anos de inelegibilidade pelos seus ataques ao sistema de votação eletrônica do Brasil, poderá o ‘capitão’ ver a sua cavalgada política terminar atrás das grades? Na extrema direita, alguns já parecem estar preparando a sucessão e imaginando um bolsonarismo sem Bolsonaro. O candidato mais sério continua sendo o ex-ministro e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Presente no Paulista, ele prestou homenagem ao ‘amigo’ e ex-presidente”, diz a reportagem.

CORREIO BRAZILIENSE

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