Chanceler cobra Lula, em português: ‘como ousa comparar Israel a Hitler?’

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Ministro de Netanyahu diz que comparação do presidente brasileiro é promíscua, delirante e um cuspe no rosto de judeus brasileiros

Chancerler Israel Katz pede novamente retratação e diz que Lula ‘cuspiu’ em judeus brasileiros. (Foto: Reprodução X/@Israel_katz)

Declarado persona non grata em território israelense por causa de sua declaração antissemita contra o Estado de Israel, no domingo (18), o presidente Lula (PT) voltou a ser cobrado por uma retratação, nesta terça-feira (20), pelo ministro israelense de Relações Exteriores, Israel Katz. Em seu perfil do X, o chanceler reagiu à crítica do governo petista por ter usado o idioma hebraico na reprimenda ao Brasil, e disse, em português, que a comparação feita pelo presidente brasileiro entre a guerra de Israel contra terroristas do Hamas na Faixa de Gaza e o Holocausto nazista é “promíscua, delirante e um cuspe no rosto de judeus brasileiros”.
A mensagem prossegue citando o que o regime nazista de Adolf Hitler fez, ao matar seis milhões de judeus, na 2ª Guerra Mundial, na Europa. E provocou o petista sobre não ser tarde para aprender história e pedir desculpas, citando que o ditador alemão levou milhões de judeus para guetos, roubou suas propriedades, os escravizou e, depois, com brutalidade sem fim, começou a assassiná-los sistematicamente. “Primeiro com tiros, depois com gás. Uma indústria de extermínio de judeus, de forma ordeira e cruel”, relatou. 

Imagem divulgada pelo Estado de Israel mostra mulher com calça suja de sangue raptada pelos terroristas do Hamas.

Reação a novos nazistas
O chanceler destacou que Israel faz, em Gaza, o contrário do que Lula disse sobre a reação do governo de Benjamin Netanyahu à invasão do território israelense por terroristas do Hamas, que mataram 1,4 mil civis em 7 de outubro de 2023. 
“Israel embarcou numa guerra defensiva contra os novos nazistas que assassinaram qualquer judeu que viam pela frente. Não importava para eles se eram idosos, bebês, deficientes. Eles assassinaram uma garota em uma cadeira de rodas. Eles sequestraram bebês. Se não tivéssemos um exército, eles teriam assassinado mais dezenas de milhares”, diz o ministro Israel Katz. 
E conclui sua mensagem reforçando a reprimenda contra o presidente Lula: “Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então – continuará sendo persona non grata em Israel!”.
A vexatória reprimenda de Israel a Lula e ao Brasil foi feita ontem pelo chanceler israelense, em pleno Museu do Holocausto, ao embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer. Mas não mudou a postura do presidente petista, que não pretende se retratar e chamou Meyer de volta ao Brasil. Um gesto que não contém a crise diplomática entre o Brasil e Israel.
Em seu discurso em que pedia libertação de reféns israelenses, Lula utilizou como base para sua comparação a informação sobre civis mortos na Faixa de Gaza, dada pelo “Ministério da Saúde” do Hamas, que atualizou ontem que mais de 29 mil morreram nos ataques de Israel em território palestino.

DIÁRIO DO PODER

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