O governo federal planeja usar o dinheiro na contratação de serviço de internet para as viagens nacionais e internacionais do presidente Lula
O governo federal registrou um pico de 125GB por mês durante o primeiro semestre do ano passado, quase três vezes mais do que o inicialmente contratado (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Giovanna Soares
O Governo Federal planeja usar até R$ 13,9 milhões na contratação de serviço de internet para as viagens nacionais e internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Wi-Fi, restrito ao AirBus A319CJ, também conhecido como “Aerolula”, será o meio de conexão.
Comparado ao contrato atual, esse novo acordo para o “Aerolula” será sete vezes maior que o atual. O contrato em vigor atualmente tem um valor global anual de R$ 1,9 milhões e oferece um pacote mensal de 45GB, com a possibilidade de transferir 50% dos dados não utilizados para o mês seguinte. Além disso, pelo contrato atual, Lula e sua comitiva têm direito a cinco pacotes anuais de 25GB.
O novo contrato agora inclui um pacote mensal de dados ilimitado, com velocidade superior à atual. A Diretoria de Tecnologia da Presidência da República optou por essa modalidade de contratação após observar um aumento no volume de dados utilizados por Lula e sua equipe durante viagens internacionais ao longo de 2023.
O governo federal registrou um pico de 125GB por mês durante o primeiro semestre do ano passado, quase três vezes mais do que o inicialmente contratado.
A equipe de tecnologia da Presidência da República, de acordo com o estudo técnico, considerou a possibilidade de adquirir um serviço de 180GB. No entanto, “haveria o risco de se exaurir a franquia mensal”, conforme informações do governo federal
“Ao avaliarmos a quantidade de minutos de conectividade em voo no mês de abril de 2023, quando se alcançou 125GB de uso e que totalizou 5040 minutos, ou seja um total de 84 horas de voo, e considerando que com o perfil de consumo estimado de 5GB por hora de voo em velocidade de 20Mbps, poderia alcançar um consumo de 400GB mensais”, informa o governo federal no estudo técnico de demanda desse serviço.
