Mesmo com intensidade modesta, as chuvas começaram a nos visitar, quando muitos já estavam preocupados, pois vivemos numa região predominantemente agrícola e elas são o ponto de equilíbrio e do avanço da nossa economia.
Já notávamos o ar de desconfiança de muitos produtores rurais, pois sem elas poderíamos amargar o dissabor de uma safra de baixa produtividade, que automaticamente causaria dissabores à toda nossa cadeia produtiva.
Agora é torcer para que as chuvas mantenham um ritmo capaz de satisfazer em pelo menos oitenta por cento das necessidades da lavoura em geral, pois seu atraso assim determina. Felizmente, como bem falou recentemente um produtor rural, a classe deve estar sempre preparada para eventuais períodos de enfraquecimento das chuvas.
A causa citada pelos especialistas assegura que o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o EL Niño, provocou a ausência regular das chuvas, mas que já no próximo ano a situação será invertida, com o domínio da chamada fase de La Ñina, que muda a situação.
A agricultura e seus produtores, então, dependentes naturais das precipitações pluviométricas, devem sempre condicionar o seu sucesso produtivo à regularidade das águas que caem sobre suas plantações.
Em compensação, quando as chuvas são escassas, é natural que isto reflita nos preços finais dos produtos, mas esta não é uma alternativa esperada, vez que, na outra ponta, os compradores tendem a diminuir suas aquisições, mesmo que isto não enfraqueça os que produzem alimentos.
Itapuan Cunha – Editor