Israel foi denunciada por genocídio no Tribunal Penal Internacional
Benjamin Netanyahu Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN / POOL
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou neste sábado (13) que a guerra na Faixa de Gaza contra o grupo islâmico Hamas continuará “até o fim” e que não será interrompida nem pelo processo de genocídio contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, nem pelas ameaças do “eixo do mal”.
– A guerra não será interrompida nem por Haia, nem por ameaças do eixo do mal – disse o premiê em um discurso televisionado à nação antes do 100º dia da guerra contra o Hamas, que começou em 7 de outubro, depois que o grupo islâmico realizou um ataque em território israelense que matou cerca de 1.200 pessoas e sequestrou outras 250.
Netanyahu se referiu repetidamente ao “eixo do mal”, no qual enquadrou o Hamas, o grupo xiita libanês Hezbollah e os houthis do Iêmen, apoiados pelo Irã que lançaram vários ataques contra Israel nos últimos meses.
– Estamos no caminho da vitória e não vamos parar até alcançá-la. Não há nada que nos comprometa e não há ninguém que possa nos impedir – disse o primeiro-ministro de Israel, que prometeu mais orçamento para financiar a guerra.
O governante se referia ao julgamento de genocídio aberto na CIJ a pedido da África do Sul, que pediu medidas cautelares para um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, onde mais de 23.800 pessoas já foram mortas em quase 100 dias de guerra.
– Não vamos parar até eliminarmos o Hamas definitivamente e trazermos os reféns de volta – insistiu Netanyahu sobre essa guerra, que, segundo ele, não é apenas de Israel, mas de todo o mundo.
– Essa é a guerra dos filhos da luz contra os filhos das trevas. É contra o eixo do mal liderado pelo Irã, os houthis, o Hezbollah e o Hamas – definiu Netanyahu, prometendo que “o que aconteceu em 7 de outubro não acontecerá novamente”.
O discurso de Netanyahu foi feito minutos antes do início de um grande protesto de 24 horas em Tel Aviv, marcando os 100 dias de guerra, que foi lançado pelas famílias dos sequestrados para exigir que o governo faça o que for necessário para trazê-los de volta para casa o mais rápido possível.
Estima-se que 136 reféns ainda estejam dentro da Faixa de Gaza, embora se acredite que 25 estejam mortos.