DECEPÇÃO, FRUSTAÇÃO E LAMENTAÇÃO: NÃO TEREMOS CARNAVAL NA AVENIDA, EM BARREIRAS

O já anunciado corte do tradicional carnaval barreirense, ainda hoje causa um clima de descontentamento em boa parte dos que participam dos festejos.

O que a festa momesca representa para todos é de uma importância muito significativa e muitos não se conformam com a atitude do prefeito Zito.

Como tantos já disseram, o Carnaval é o ópio do povo e representa um instante de descontração, de alegria e, até, de um deixa pra lá nas amarguras da vida.

Eliminá-lo bruscamente é, pois, desconsiderar o anseio do povo, deixando-o em estado pleno de decepção.

Tivéssemos um Carnaval só de despesas, aí sim, haveria uma justificativa. Ocorre, porém, que um governo que se preza há de promover medidas de entretenimento que causem momentos de alegria e de satisfação aos seus súditos.

Os encargos que o município há de enfrentar, não são suficientes para que não haja a festa popular mais badalada, mais querida e mais aguardada.

As possíveis dificuldades financeiras da cidade não foram advindas de festas carnavalescas, pois elas, segundo muitos, são parcialmente sustentáveis.

A economia barreirense, em épocas de carnavais pretéritos, foi em boa parte alimentada por receitas inerentes aos festejos, como o hoteleiro, o comércio em geral, blocos, bares, músicos, cantores, taxistas, seguranças, vestuário, divulgadores, barraqueiros, guardadores de carros, alimentação e tantos outros, alguns até tendo iniciado os seus gastos com preparativos para a festa popular.

O brusco corte do Carnaval é uma medida atroz, que não levou em conta sequer a expectativa dos foliões e simpatizantes. O entretenimento jamais poderá fazer parte de medidas saneadoras na economia, pois ele causa danos maiores quando praticados bruscamente.

Se levarmos em conta os gastos já feitos por significativo número de carnavalescos, há de se perguntar: quem arcará com os prejuízos? Pelo visto, muitos responderão eleitoralmente, é o que se ouve nas ruas.

Enfim, convém citarmos o paliativo sugerido pelo senhor prefeito, ao designar o local para festa, no Cais do Porto, no cognominado Circuito Zé de Hermes.

A exiguidade daquele espaço é insuficiente para um Carnaval como o nosso. Isto, inexoravelmente, contribuirá para o declínio da festa em si, sob todos os aspectos, infelizmente. As lamentações e críticas, então, serão contundentes.

Itapuan Cunha

Editor