Deborah Sena
O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) acionou o Tribunal de Contas da União para pedir apuração sobre o recebimento de R$35 milhões do Fundo Amazônia pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), ONG que tem a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, como conselheira.
“De acordo com informações reveladas pela CPI das ONGs, o IPAM recebeu uma significativa quantia de R$35 milhões, por meio de doações realizadas pelos maiores doadores do Fundo, a Alemanha e a Noruega”, detalha o documento a qual o Diário do Poder teve acesso.
E completa: “chama a atenção o fato de que, desse montante, aproximadamente 80% (R$24 milhões) foram alocados em consultorias, viagens e na folha de pagamento, em detrimento de projetos e ações diretamente relacionados à preservação da Amazônia, que é a missão primordial do Fundo”.
Kataguiri também pediu que a corte de contas apure suposta influência de Marina na destinação desses recursos. Ele lembro que “a CPI das ONGs também levantou dúvidas acerca da ação da Ministra no Comitê Orientador do Fundo Amazônia, onde ela desempenha um papel relevante na tomada de decisões sobre a alocação dos recursos do Fundo”.
A informação foi corroborada pelo relator da CPI, senador Márcio Bittar (União-AC), ao Diário do Poder.
“Há uma relação absolutamente promíscua. Isso ficou muito claro. Vamos pegar o caso da ministra Marina. Ela vai para ministério, ajuda a criar Fundo Amazonia, capta o recurso e as ONGs ligadas a ela recebem o dinheiro disso”.
A coluna do jornalista Claudio Humberto mostrou que a secretária de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Toni, compôs o conselho deliberativo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), turbinada com recursos públicos milionários.
DIÁRIO DO PODER