Relatório do senador Márcio Bittar (PSDB-AC) foi aprovado por 5×3 votos
Na imagem aparecem os cinco senadores que votoram a favor do relatório da CPI: Styvenson Valentim (Podemos-RN), Márcio Bittar (PSDB-AC), dr. Hiran (PP-RR), Plínio Valério (PSDB-AM) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
Deborah Sena
Na última reunião da CPI das ONGs, que ocorreu nesta terça-feira (12), a base do governo Lula tentou emplacar voto em separado assinado pelo senador Beto Faro (PT-PA), depois tentou negociar pela retirada do indiciamento do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), Mauro Oliveira Pires. Mas a ação da base governista durante o desfecho da CPI não prosperou. O relatório do senador Márcio Bittar, com o indiciamento de Pires foi aprovado por 5 votos a 3.
Ao Diário do Poder, o relator, chamado de ‘extremista’ por não ceder à pressão dos partidos da base governista, defendeu o parecer. “Se fosse um relatório da esquerda, no governo passado, por exemplo, eles estariam indiciando aqui, ministros e mais um monte de gente só para causar. Não fizemos isso”, explicou.
E completou: “Há uma relação absolutamente promíscua. Isso ficou muito claro. Vamos pegar o caso da ministra Marina. Ela vai para ministério, ajuda a criar Fundo Amazonia, capta o recurso e as ONGs ligadas a ela recebem o dinheiro disso”.
Sobre o indiciamento, o senador ainda afirmou: “Fizemos o indiciamento apenas daquele que aqui admitiu que como representante do Estado brasileiro, funcionário público, saiu dali, foi para uma ONG que mexe com licenciamento ambiental, recebeu para isso, e voltou para o órgão do Estado”.