Ministros acionaram os jatinhos da FAB por 1.765 vezes neste ano (Foto: Força aérea Brasileira)
Cláudio Humberto
Ministros de Lula, presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) e comandantes militares abusaram da mordomia dos jatinhos FAB, realizando 1.765 voos desde o início do ano. Os presidentes das casas legislativas, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, usaram aeronaves oficiais por 217 vezes. O governo mantém sigilo sobre voos do presidente e da primeira-dama. Flávio Dino (Justiça) é o ministro que mais usa a mordomia: até agora, desde a posse, ele viajou 85 vezes.
Só governistas
Apenas os ministros do governo foram responsáveis por 1.403 do total de voos de jatinhos até outubro, a mais recente atualização da FAB.
Luxo fácil
Os jatos do Grupo de Transporte Especial da FAB ficam à disposição das autoridades, que apenas reservam o voo e determinam os passageiros.
Na outra ponta
Anielle Franco (Igualdade Racial) viralizou após ir a um jogo de futebol em jato da FAB, mas é das ministras que menos usa o mimo: nove voos.
Hábito rápido
O presidente do STF, Luis Roberto Barroso, tomou posse no início de outubro, mas antes de o mês acabar já havia realizado 11 voos da FAB.
O total de projetos bancados com a grana norueguesa (103) é o mesmo que 2019 (Foto: TV Brasil)
Noruega deu chilique, mas ignora Fundo Amazônia
Mesmo após o chilique do governo da Noruega, que rompeu relações com o Fundo Amazônia durante os 4 anos de Bolsonaro e, após a vitória de Lula (PT), anunciou com pompa o suposto “desbloqueio” dos R$3,5 bilhões do fundo, apenas um novo projeto passou a ser financiado. O total de projetos bancados com a grana norueguesa (103) é o mesmo que 2019 e apenas um a mais que no ano passado, aponta relatório do Fundo Amazônia, que é gerenciado pelo BNDES. Quase nada andou.
Nem análise
Nem mesmo projetos apenas sob análise cresceram no “desbloqueado” Fundo Amazônia. Em 2022 eram 14, só em agosto deste ano viraram 13.
A treta
Na Era PT, a Noruega deu 95% da verba do fundo, que por lei precisa de conselhos de administração criados por decreto, que Bolsonaro revogou.
Sem acordo
Os conselhos responsáveis pelo Fundo Amazônia eram compostos por indicados do governo, mas também de ONGs e outros da sociedade civil.
Lorota não se escreve
O presidente Lula mostrou mais uma vez que não se escreve o que ele diz: um dia depois de afirmar categoricamente que jamais decretaria um GLO (Garantia da Lei e da Ordem), para mobilizar as Forças Armadas contra o crime, fez exatamente isso. É um loroteiro.
Sobrou pra quem
Alfredo Gaspar (União-AL) chamou atenção para a gastança do governo federal, que diz estar levando o Brasil a um caminho sem volta. “E essa conta, quem vai pagar?”, questiona o valente deputado federal.
Presidiários se reconhecem
O vereador Rubinho Nunes (União-SP) lembrou coincidência na eleição argentina: a esquerda levar maioria dos votos em presídios. O hermano Sérgio Massa teve 71% dos votos dos encarcerados. Lula, 80%.
Raposa no galinheiro
Luís Fernando Nery, demitido da Petrobras após acordo em investigação sobre falcatruas na empresa, voltou interinamente para a Gerência Executiva de Comunicação. A verba do setor é de R$150 milhões.
Dois meses
O senador Sérgio Moro (União-PR) destacou a curta vida útil da lei das novas regras fiscais. “Foi publicada em 31 de agosto e vigorou por 60 dias”, disse ao destacar ironicamente o “sinal de estabilidade fiscal”.
Gasto sem retorno
Titular do Ministério da Pequena Empresa, criado há dois meses, Márcio França usou jatinho da FAB duas vezes em outubro, mas somando o total como ministro dos Portos, o socialista do PSB superou os 40 voos, no exercício da mordomia. Noves fora, só provocou prejuízos ao País.
Fazenda alada
O ministro Fernando Haddad (Fazenda) manteve média de 6 viagens de jatinhos da FAB até junho, mas nos últimos meses dobrou a meta. Só no mês de outubro viajou 13 vezes às custas do pagador de impostos.
Aliados próximos
Quase 2 mil soldados brasileiros e americanos participam, até o próximo dia 12, dos exercícios militares Southern Vanguard 24, no Amapá, para “aumentar a interoperabilidade” entre as forças armadas dos dois países.
Pensando bem…
…a única medida da reforma tributária que interessava ao cidadão já era: a redução da carga de impostos.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO