A falta de chuva no Nordeste do Brasil é um problema que afeta milhões de pessoas e tem diversas causas. Segundo alguns especialistas, os principais fatores que influenciam o clima na região são:
A temperatura da superfície dos oceanos Pacífico e Atlântico, que pode alterar os padrões de ventos e umidade que chegam ao continente. Quando ocorre o fenômeno El Niño, por exemplo, as águas do Pacífico equatorial ficam mais quentes e reduzem a quantidade de chuvas no Nordeste. Já o fenômeno Dipolo do Atlântico, que se caracteriza pelo aquecimento das águas do norte e resfriamento das águas do sul do oceano, também pode afetar negativamente as precipitações na região.
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é uma faixa de nuvens que se forma próximo à linha do Equador, onde os ventos dos hemisférios norte e sul se encontram. A ZCIT é responsável por grande parte das chuvas no norte e centro do Nordeste, especialmente nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e parte da Paraíba e Pernambuco. A posição e a intensidade da ZCIT variam ao longo do ano e dependem das condições dos oceanos e da atmosfera.
O Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), que é um sistema de baixa pressão atmosférica que se forma na alta troposfera, entre 10 e 15 km de altitude, sobre o Nordeste. O VCAN gira no sentido horário e inibe a formação de nuvens carregadas na sua região central, provocando tempo seco e quente. Nas bordas do VCAN, porém, podem ocorrer chuvas isoladas e rápidas. O VCAN é um sistema típico de verão e está associado à Alta da Bolívia, um anticiclone que se forma sobre a América do Sul nessa época do ano.
Esses são alguns dos fenômenos que explicam por que não está chovendo no Nordeste do Brasil. No entanto, existem outros fatores que podem interferir no clima da região, como a vegetação, o relevo, a urbanização e as mudanças climáticas globais. Por isso, é importante acompanhar as previsões meteorológicas e os alertas de estiagem emitidos pelos órgãos competentes.
I.A.