MST faz PM refém no Paraná; ‘barbaridade’, diz deputado

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MST manifestavam em PR-170 quando equipe da PM pediram para liberar via para entrada da cidade vizinha de União da Vitória

Dois policiais militares do Paraná foram agredidos por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) durante um protesto em rodovia PR-170. (Foto: Reprodução/ X (antigo Twitter).

Danyelle Silva

Dois policiais militares do Paraná foram agredidos  por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) durante um protesto, que fechava a rodovia PR-170 em Guarapuava, na região central do Paraná, nesta quinta-feira (19). Os PM foram arrastados pelo pescoço e removidos da pista pelos manifestantes. 

O 16º Batalhão da Polícia Militar, por meio de nota, relatou a agressão que os policiais sofreram, “conforme pode ser visto em vídeos que circulam pelas redes sociais, utilizando de força e agressão, os manifestantes retiraram a equipe policial do local. Os policiais envolvidos na ocorrência passam bem, nenhum deles foi feito refém e já se encontram na sede do 16º BPM.” 

Ainda na nota, a polícia afirma que a equipe se deslocou até o local e de “maneira pacífica pediram para que os manifestantes liberassem a via”. Segundo a PM, a via congestionada é a única que dá acesso à cidade vizinha de União da Vitória, município localizado a 243 km da capital do estado. 

O MST nega a agressão e diz que a notícia se trata de uma fake news. Por meio de nota, o grupo dos camponeses, assim como se autointitulam, afirma que “é falsa a informação que circula em redes sociais de que o MST teria feito policiais reféns na manhã desta quinta-feira (19), em Guarapuava (PR)”. 

De acordo com o grupo do MST a manifestação tinha o objetivo de pressionar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do Paraná (Incra) a tomar medidas efetivas para a reforma agrária na região. “Cerca de 300 camponesas e camponeses Sem Terra bloqueavam parcialmente a PR 170, em Guarapuava, para cobrar uma resposta do INCRA-PR sobre a regularização fundiária de 14 comunidades da Reforma Agrária e de posseiros da região”, destaca na nota. 

A manifestação teve início na quarta-feira (18) e foi retomada essa manhã na altura do km 390 da rodovia. Atingiu cerca de 6km no sentido Pinhão e 3km no sentido Guarapuava. Durante todo o protesto, só era permitido a passagem de ambulâncias. 

‘Uma barbaridade em Guarapuava’

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), se manifestou sobre o conflito nas redes sociais. 

O deputado classificou a situação como “barbaridade” e “um absurdo total”“Uma barbaridade em Guarapuava, Paraná! Um grupo de bandidos dos Sem Terra, supostamente pedindo reforma agrária, pegam dois policiais militares que pacificamente tentavam liberar a estrada, chegam a carregar e ameaçar os agentes de sequestro. Isso é terrorismo! Um absurdo total!”, declarou Lupion.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também comentou nas redes sociais sobre o caso. Zambelli sugeriu que a agressão tenha ocorrido por causa do atual governo, do presidente Lula que é amigável e já foi integrante do MST. “Sob o desgoverno de Lula, o terror voltou ao campo e às estradas do Brasil”, criticou Zambelli.

DIÁRIO DO PODER

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