O Ministério Público foi quem fez a denúncia sobre suposta propina de R$ 300 mil
Ex-governador afirmou que “não tem nenhuma procedência e não há nenhuma acusação de delator nesse sentido” (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Giovanna Soares
Agnelo Queiroz (PT), ex-governador do Distrito Federal, virou réu na acusação de pedir propina de R$ 300 mil supostamente para bancar a campanha eleitoral do PT.
O juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, titular da 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, recebeu a denúncia do Ministério Público Eleitoral no último dia 2 contra o ex-governador pelo crime de falsidade ideológica eleitoral.
O ex-governador teria pedido propina de R$ 300 mil para as empreiteiras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, responsáveis pela reforma do Estádio Mané Garrincha. O dinheiro de suposta origem ilícita teria sido repassado por meio de contribuição eleitoral para o PT, segundo a denúncia do Ministério Público
O MP afirmou que eventual delito está inserido em contexto de “ocultação/ilusão/fraude da origem e natureza dos valores ilícitos, mediante a utilização do sistema eleitoral brasileiro para mascarar a origem espúria e com isso assegurar a execução e a consumação do delito eleitoral, uma vez que a verdadeira origem dos valores não foi devidamente declarada à Justiça Eleitoral”.
“O indício de materialidade encontra-se adequadamente delineado a partir do Relatório Final realizado pela Autoridade Policial no Inquérito Policial 1095/2016, destacadamente sobre os indícios de que Agnelo Queiroz pediu o pagamento de propina em favor do Partido dos Trabalhadores.” disse o juiz, após receber a denúncia.
Em resposta ao MP Agnelo disse “O que existe é contribuição de empresa ao partido na eleição municipal de 2010. A contribuição foi feita ao PT, como a lei permitia e conforme consta em declaração do partido aprovada pelo Tribunal Eleitoral. Me acusar de recebimento de vantagem é mais uma ação explícita de perseguição”, disse Agnelo.
DIÁRIO DO PODER